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Morag Tong - "Last Knell of Om" Review


Em 2018 a banda britânica Morag Tong deu-nos o seu primeiro álbum de estúdio. "Last Knell of Om", produzido pelo quarteto formado por Sam Lewis (Baixo), Adam Asquith (Bateria e Vozes) e a dupla de guitarristas, Alex Clarke e Lewis Crane, faz-nos acreditar cada vez mais que stoner e doom metal juntos movem marés e montanhas. Para juntar à festa, certamente para quem é fã, a banda inspirou o seu nome no jogo "The Elder Scrolls", onde Morag Tong é uma aliança de assassinos
 
Esta obra de arte começa com "Transmission", e somos envolvidos numa intro arrastada cheia de sons hipnotizantes e, ao longo de quase sete minutos, o cunho stoner marcado por riffs lentos e instrumentais pesados e demorados já se faz sentir. Na segunda faixa, "New Growth" o ouvinte poderá sentir um toque de doom metal caracterizado por riffs carregados de emoção (ainda que lentos) e as vozes de Adam Asquith ajudam neste ritmo quase a puxar pelo Jazz e groove que estas bandas tão bem sabem fazer. Seguidamente temos "We Answer" onde, ao longo de 8 minutos, a composição decadente dos instrumentos e a atmosfera lenta, juntamente com vozes arrastadas, demonstram que a banda consegue ser versátil na junção de elementos distintos entre si. "To Soil", a quarta criação da banda britânica, congela a nossa alma e mete o ouvinte a deambular pelos próprios pensamentos, e o lado doom da banda é colocado em relevo (o ouvinte que o comprove ao longo da faixa com quase nove minutos onde conseguimos ouvir ainda os ecos de Adam Asquith). "Ruminations consegue ser também um marco importante na construção e visão de Morag Tong neste álbum, que é terminado com "Ephemera/Stare Through the Deep", tema com 12 minutos de pura vibração e groove com, surpreendentemente, uma voz mais suave e elementos mais calmos, quase como se fosse uma despedida desta viagem.

Os meus sinceros parabéns Morag Tong. Conseguiram, em cerca de 48 minutos e meio, pôr o ouvinte viajar em infinitas realidades e embarcar no mundo tão bem combinado do stoner e doom. A mais criações destas!

Nota: 9/10

Review por Carolina Lisboa Pereira