2018 tem sido, indubitavelmente, um ano de grandes lançamentos e Monolithe têm alguma culpa no cartório. A banda francesa lançou este ano "Nebula Septem" e rapidamente catapulta o interesse pelo Doom/Death francês para um nivel quase espacial. E com razão. A banda formada por Benoît Blin (Guitarras), Sylvain Bégot (Guitarras, Teclados e Programação), Olivier Defives (Baixo), Thibault Faucher (Bateria), Rémi Brochard (Vozes e Guitarra) e Matthieu Marchand (Teclados) apresenta uma peça fenomenal dentro do género, que nos conforta a alma numa espécie de alcofa negra durante quarenta e nove minutos.
Não deixa de ser curioso também que todas as faixas do álbum (sete, para ser mais precisa) têm a mesma duração: sete minutos. Talvez por um capricho, ou por gostarem de desafios e jogos numéricos, Monolithe deixam-nos com a pulga atrás da orelha quanto à ligação com o nome da peça, "Nebula Septem". Esta nebula tem como primeira paragem "Anechoic Aberration", que nos engole num infinito cósmico preenchido por vozes duras e riffs nos quais se nota a presença de um doom metal quase fúnebre, bem como a de um death metal progressivo. Rémi consegue dar um miminho vocal a quem é apreciador de vozes mais profundas e sentidas, e o resto da banda acompanha com preliminares melódicos nesta viagem. Seguidamente, temos "Burst in the Event Horizon" e "Coil Shaped Volutions", segunda e terceira faixa do álbum respectivamente, que conseguem manter o ouvinte distraído e de certo modo preso nesta nebula tão fria e ao mesmo tempo tão confortável. Definitvamente o sexteto francês já tem alguma experiência neste sentido, uma vez que já se fazem ouvir desde 2001. Logo após estas faixas temos "Delta Scuti", "Engineering the Rip", "Fathom the Deep" e "Gravity Flood" que também têm um enorme relevo na composição total desta nebula, fazendo com que seja sem dúvida alguma, um fenómeno espacial.
Parfait, Monolithe! Que continuem a oferecer-nos isto, durante mais milénios-luz! O ouvinte certamente irá agradecer!
Nota: 9.2/10
Review por Carolina Lisboa Pereira