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Reportagem - Resurrection Fest 2019 - Warm-Up Party


Mais um ano a Metal Imperium rumou à localidade galega de Viveiro para presenciar ao vivo a 14ª edição do Resurrection Fest. A viagem de carro de quase 700 kms desde Lisboa foi feita em bom ritmo, sempre com bom tempo, e ao chegar perto do destino já se podia cheirar a grande evento. Patrulhas sucessivas da Guardia Civil e até do exército espanhol geravam filas de longos minutos na estrada nacional que nos levaria à vila, onde já se notava grande movimento de gente vestida a rigor para começar desde o primeiro minuto esta celebração da música dura.


Chegado ao local oficial de acampamento Beachcamp, onde a Metal Imperium se iria instalar durante os quatro dias do evento, era possível constatar uma muito maior afluência de público em relação à edição anterior. Esse facto fez com que houvessem atrasos na chegada ao recinto, mas mesmo a tempo de ver os portugueses Devil In Me. Com um enorme pano por detrás da bateria com o nome e símbolo da banda, Poli Correia e companhia fizeram questão de gastar energia dos enormes milhares que já estavam no recinto (que diferença em relação a 2018!). Movimento, atitude, presença… O hardcore nacional está bom e recomenda-se, e o público do Resurrection pareceu adorar!! O contingente luso na plateia rapidamente fez notar a sua presença à banda, que reagiu com muitos sorrisos.


Sem presença em palcos espanhóis faz algum tempo e sem registo fonográfico recente, nem por isso se notou esse facto, com antigos e novos fãs a reagir de forma apoteótica, especialmente quando Poli desceu do palco para o fosso, para rapidamente ser puxado para cima dos presentes, num crowd surfing espetacular. A festa não podia ter começado de melhor maneira!!


Os seguintes na lista foram os britânicos Bury Tomorrow, repetentes no festival e que foram aclamados desde o primeiro minuto. Daniel Winter Bates puxou pelo público e na verdade não havia ninguém que não pulasse, sendo esta uma das bandas mais aguardadas do Warm-Up. Há alguns meses tinham passado por diversas cidades espanholas para mostrar o seu recente “Black Flame”, aposta do alinhamento no Resurrection Fest, mas onde também ouvimos regressos a “Earthbound” de 2016. Apesar de ainda actuarem de dia, deram um enorme concerto.


A noite prometia invadir o recinto ainda a meio gás (durante o Warm-up, parte do local do festival está fechada, só havendo acesso a partir da entrada ao Palco Ritual, deixando a área de Pandemonium e Palco Principal encerrada) mas ainda era dia quando os norte-americanos Municipal Waste subiram para mostrar o seu thrash metal. Infelizmente, a banda pareceu algo desinspirada, apenas agarrando o público a espaços, por exemplo com “Sadistic Magician”. Parece ser malapata da banda, que aquando da sua passagem pelo Resu de 2016 tiveram uns excelentes Bullet for my Valentine no palco principal a roubar totalmente o protagonismo. Mesmo assim houveram walls of death, mosh e muita cerveja a voar frente ao palco.


Do lado mais suave do Hardcore chegaram os IGNITE, já com a noite invadindo o recinto. “Veteran” abriu a prestação da banda da costa oeste dos Estados Unidos e até ao final sentiram-se as boas vibrações. Zoli esteve muito comunicativo, talvez até demais, mas a plateia de muitos milhares reagiu muito bem ao som dos californianos. Sentida homenagem aos Bad Religion com "We’re Never Gonna Die” e aos U2 com“Sunday Bloody Sunday” para uma banda com mais de 20 anos de carreira, alternando momentos de grande intensidade e outros de mais relaxamento, sempre interagindo com o público e demonstrando grande estima pelo festival.

O dia inaugural do Resurrection Fest 2019 terminou com os Kvelertak, os noruegueses que visitaram a Europa a abrir para Metallica. Som nítido, fumo e pirotecnia acompanhou os cerca de 80 minutos de actuação, marcando logo de início posição na mente de todos que este iria ser uma edição mais que memorável!!!

Texto e fotos: Vasco Rodrigues
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Agradecimentos: Resurrection Fest