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Demons and Wizards - "III" Review


Quinze longos anos passaram desde que os Demons and Wizards lançaram "Touched By The Crimson King", dando a ideia de que jamais iríamos ouvir uma nova colaboração entre Jon Schaffer (Iced Earth) e Hansi Kursch (Blind Guardian). Mas eis que com o alvorecer da nova década surge finalmente III, o terceiro trabalho deste supergrupo.  

Um regresso que foi feito de forma gradual, começando com alguns (pomposos) concertos aqui e ali e culminando com a anunciação do álbum para gáudio dos fãs, que ainda mais salivaram após o lançamento do épico vídeo do primeiro single, "Diabolic".

Daí que logo à partida as expectativas estavam bem altas para o lançamento deste "III", que, há que dizer, não saem propriamente furadas após a audição do mesmo. "III" é para todos os efeitos um bom disco, não tendo grandes defeitos a apontar. Existe sem dúvida uma certa continuidade, para o bem ou para o mal, com os anteriores discos do projeto, quase como se o intervalo temporal entre a edição dos trabalhos tivesse sido bem mais curto do que aquele que realmente foi.

Como tal, temos mais uma vez uma bela infusão de rock e metal inspirado nos anos 70, com toques épicos e progressivos, abrilhantados, pois claro, pelos peganhentos riffs da guitarra de Schaffer e a (habitual) fantástica voz de Kürsch. Aliás, convém referir que o duo soube-se rodear por músicos extremamente competentes como Brent Smedley na bateria, Ruben Drake no baixo e Jim Morris e Jake Dreyer nas guitarras adicionais, algo que se reflete no resultado final. Nada de surpresas, portanto.

Ao nível das malhas, embora haja aqui muita coisa a fazer lembrar (demasiado por vezes até) os trabalhos anteriores, há que referir que o já mencionado "Diabolic", o pesado "Wolves in Winter" e o também épico "Chilren of Cain" a fechar o álbum, se afiguram como futuros clássicos dos Demons and Wizards. No entanto, será nos complexos "Universal Truth" e "New Dawn" que se calhar se poderá saborear o que realmente vale este duo como compositores.

Um trabalho com poucas surpresas, mas que serve para ir saboreando pouco a pouco. Talvez um pouco acima daquilo que os Iced Earth nos têm vindo a oferecer, mas eventualmente ainda um pouco aquém dos últimos lançamentos de Blind Guardian.

Nota: 8/10

Review por António Salazar Antunes