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To/Die/For – "Samsara" Review

Inspirados essencialmente pelos trabalhos de Black Sabbath, Type O Negative, The 69 Eyes, e o glam dos anos 80, por volta de fins da década de 90, e inicio do novo milénio, surgiram na Escandinávia, um grande numero de bandas praticantes de um sonoridade que estava a meio caminho entre o rock gótico e o metal, e que teve como principal embaixador nada mais, nada menos que os multi-platinados HIM. Mas dessa fornada surgiram também estes To/Die/For, e embora o estilo já tenha conhecido dias melhores, estes finlandeses teimam em querer manter a sua chama acesa, e após um período em que a banda se chegou mesmo a separar, editam agora Samsara, o seu sexto de originais, que parece querer lançar alguma àgua para um fogueira que já viu desaparecer uns Madrigal, Charon ou Sentenced.

Cry for Love gritam eles no segundo tema, e de certa forma este acaba por ser o mote lírico de todo o álbum. Um conjunto de dez elegias, onde invocam o amor, o desespero e a melancolia, mas com uma atitude bem rockeira e directa. Temas como Kissing the Flames, Hall of Bullets e Raving Hearts serão porventura os melhores exemplos para descrever toda a componente mais energética de Samsara, mas é nos momentos mais introspectivos e calmos de Oblivion Vision e Folie a Deux que a banda melhor demonstra a sua componente mais sentimental, este último contando com um interessante coro infantil, numa tentativa de conferir uma aura algo angelical.

Nada de novo daquilo que os nomes atrás referidos já nos proporcionaram, mas para uma banda como os To/Die/For, nem estaria na sua génese grandes mudanças, porque o que fazem, fazem-no bem, e mais importante que tudo fazem-no de forma credível, sendo que compor música tão emocionalmente vincada, algumas das vezes é meio caminho para momentos mais tragicómicos que outra coisa. Samsara não engana, dificilmente irá captar novos fãs para os To/Die/For, mas não será certamente motivo de desilusão. Quem sabe poderá ser o rastilho para que mais bandas do género voltem ao activo.

Nota: 7.5/10

Review por António Antunes