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Meden Agan – "Erevos Aenon" Review

Meden Agan, o que traduzindo dará algo como “nada em excesso”, é uma das três frases inscritas no antigo templo do Oráculo em Delfos. Mas Meden Agan é também o nome de uma banda grega de metal sinfónico. Provavelmente muitos de vós não estarão familiarizados com o trabalho destes senhores, o que não é de estranhar visto que o seu maior feito terá sido a participação da vocalista Iliana Tsakiraki, no último disco dos Septicflesh, o fantástico The Great Mass.

Erevos Aenon é já o segundo disco de originais, e se numa primeira escuta poderá revelar-se enfadonho, com novas audições chegamos à conclusão de que não é nada de se deitar fora. A produção, meio caseira, também não ajuda é verdade, mas a música não sendo propriamente original, poderá apelar aos mais fanáticos seguidores do estilo.

A principal referência é óbvia, Nightwish, mas existe também um toque mais sombrio, característico das bandas góticas norueguesas. Como tal, esperem um chorrilho de elementos sinfónicos, uma miúda com algum jeito para a ópera, dramatismos qb, coros épicos, e uns quantos solos. Aqui e ali os elementos mais pesados manifestam-se também, seja em foma de blastbeats de Blinded by Faith e Nemesis, este último com growls cortesia do baixisrta Aris, ou na atmosfera mais carregada de All Seems Lost. É, no entanto, na sua costela mais power, que a banda sobressai. O enérgico Black Sky, tema de abertura, contem umas linhas vocais muito interessantes debitadas por Lianna, acompanhadas pelo ritmo frenético da bateria, que confere um adrenalina muito forte, mas que é interrompida bruscamente pela entrada do refrão. Já Dissolve Into Grey, claramente o tema mais bem conseguido do álbum, prima por um riff poderoso, uma ponte e refrão cativantes, e pelo meio um duelo neo-clássico de guitarra e sintetizadores. Para finalizar, Universe Unseen, uma típica power ballad, de começo suave, e com crescendo até ao refrão final, onde Iliana mostra todo o seu potencial, ao jeito de canção de embalar. Erevos Aenon contém também versões estendidas dos temas From Ashes Of Sin, Tribute To Live e o já mencionado Dissolved Into Grey.

Um disco, que se excluirmos estas últimas extensões, passa que nem um ápice, visto a maioria dos temas andarem pela casa dos 3, 4 minutos, e talvez por isso também não custe assim tanto ouvi-lo. Ainda terão que evoluir um pouco mais, especialmente no campo da produção, mas para já parecem estar num bom caminho.

Nota: 7.2/10

Review por António Antunes