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The Chant – "A Healing Place" Review

A Healing Place é já o terceiro disco de originais dos finlandeses The Chant, banda composta por Mari Jämbäck (teclados), Ilpo Paasela (vozes), Markus Forsström (baixo), Kimmo Tukiainen (guitarra), Roope Sivén (bateria), Pekka Loponen (guitarra, vozes), e Jussi Hämäläinen (guitarra, vozes).

Desde logo se chega à conclusão de que para uma banda baptizar o seu álbum com um nome como “A Healing Place”, então o mais provável é que este sirva como uma terapia sonora de emoções por parte de quem o escreveu. Logo aí se pode mandar um bitaite sobre que estilo estes The Chant praticam. Isto porque chegar a uma conclusão taxativa fica complicado, afinal de contas é verdade sim que os podemos comparar a nomes como Anathema, Katatonia (alturas Last Fair Deal Gone Down), ou Green Carnation pela melancolia e intensidade que dão às suas composições, mas não é óbvia a sua designação.

Se formos a ver a base de toda a musica dos The Chant assenta na serenidade das guitarras acústicas, na atmosfera dos teclados, e na voz celestial de Jussi, daí que dificilmente lhes possamos estampar o rótulo de metal, no entanto a distorção e agressão não são elementos completamente ausentes, como se poderá confirmar nas faixas Riverbed ou Ocean Speaks. Rock progressivo? Rock atmosférico? Enfim há de andar algures por estes estilos.

Mas pese embora qualquer boa vontade por parte do colectivo em criar um bom disco que consiga fazer jus aos nomes anteriormente referidos, nota-se que ainda há um longo caminho a percorrer. O que é pena, porque os The Chant são uma banda com enorme potencial na composição, e com músicos e vocalistas bem competentes, mas falta ainda darem o passo que lhes consiga garantir a faculdade de escrever temas verdadeiramente empolgantes e incisivos. Outlines e o já referido Riverbed são um excelente princípio, fica a faltar o resto.

No fundo, A Healing Place, é a obra-prima que ainda não o é, um prenúncio de algo grande que poderá acontecer em futuros álbuns. Cá ficamos à espera para ver se terão unhas para tocar esta guitarra.


Nota: 7/10

Review por António Salazar Antunes