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Woe, Is Me - "Genesi[s]" Review


Com um começo bem industrial, seja pela intro "D-Day", seja pela curta "F.Y.I.", desde logo há um certo ambiente familiar, algo que pudemos ouvir nos dois álbuns (talvez mais no primeiro) dos Misery Loves Co.. Industrial com um certo toque de hardcore. O elemento novo que aparece aqui (seja no fim  da "F.Y.I.", seja no início da "A Story To Tell") é o mais surpreendente: orquestrações. Sim, isso mesmo, industrial, hardcore (e em parte metalcore, pelos piores motivos, os riffs previsíveis e a voz limpa bem melódica) e orquestrações, que verdade seja dita, quase que não merecem esse nome.

As músicas vão passando mas a fórmula é a mesma. Ritmos com guitarras com afinação grave, a voz a vociferar como se não houvesse amanhã, os teclados a simular as orquestrações, a batida industrial e o refrão com a voz limpa a fazer lembrar (e lá vamos nós outra vez) alguma sobra de estúdio dos The Rasmus. É certo que as músicas são pequenas, mas também é certo que as mesmas parecem ser todas iguais. Exactamente as mesmas soluçãos, faixa, após faixa. Há uma excepção, a "Family First" que tem um grande potencial radiofónico, e que se passasse nas rádios, até era uma boa alternativa ao que por lá anda, mas quando a melhor música do álbum é aquela que poderia passar na rádio, já diz um pouco em relação à qualidade do mesmo.

O mesmo se passa com a versão acústica da "Nothing Left To Lose", que seria perfeita para a rádio, e que de certeza que faria sucesso, passando várias vezes ao dia, até ser posta de lado por outra coisa igual. E assim se chega ao final. E não há muitas razões para voltar ao início, depois de tudo isto.
 
Nota: 4/10

Review por Fernando Ferreira