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Thabu - "Reborn" Review


Ora aí está, metal progressivo da Argentina. Com um considerável peso, " A Game Of Lies" dá início a quase quarenta e cinco minutos de sonoridade agressiva e melódica, lembrando (demasiado) os Symphony X, um pouco devido à composição e sobretudo à voz de James Robledo, que dá (demasiados) repentes de Russel Allen, tirando o sotaque hispânico, que é um pouco difícil de disfarçar. Aquilo que salta logo à vista é constatar-se a ausência de um teclista na formação da banda, quando as músicas tem teclados em profusão. Como será ao vivo?

Focando neste álbum em específico, "Reborn" é o segundo álbum de originais da banda de Buenos Aires e foi lançado de forma independente em 2011 e que é agora lançado pela Pure Prog Records, a editora pertencente à Pure Steel Records, de forma a chegar a um público mais alargado. No geral é um bom trabalho, excelente para quem gosta de Symphony X. O pior são aqueles que gostam de Symphony X e de que apreciam coisas originais. Tudo aqui é perfeito, produção, a composição não tem o brilhantismo dos norte-americanos e raramente trás coisas memoráveis mas em média está bem conseguida. No entanto, quando se passa para esse factor da originalidade - ou nem falemos de originalidade, falemos antes de identidade - é simplesmente inexistente.

O que resulta no caso algo atípico dos músicos serem melhores dotados como interpretes do que propriamente como compositores. Não basta só saber e tocar as escalas para trás e para a frente em alta velocidade, também dá jeito, que as músicas tenham o impacto suficiente para que fiquem com o ouvinte, pelo menos durante uns tempos. Isto não quer dizer que este seja um mau disco, porque não é. Quer dizer apenas que poderia ser acima da média. Que não é. Esperemos por um terceiro álbum e para ver se algo muda. Nota positiva para o momento de tango na instrumental "Violentango".
 
Nota: 6/10

Review por Fernando Ferreira