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Arkham Witch - "Legions Of The Deep" Review


Segundo álbum dos Arkham Witch, que continuam a tentar manter levantada a bandeira do verdadeiro metal no Reino Unido. "David Lund" é a primeira faixa do álbum, que se inicia de forma algo monótona, com um riff repetitivo, que surge em loop quase até à exaustão. No entanto as coisas começam a ficar mais interessantes com as faixas seguintes. "At The Mountains Of Madness" tem um saudável feeling de anos setenta (onde além do hard rock, também se mistura um certo toque punk rock); "Iron Shadows In The Moon" relembra a "Wrathchild" mas com menos força, fruto também da produção crua.

O tal feeling punk volta em "Infernal Machine", onde aqueles "Oi! Oi! Oi!" do início não enganam ninguém mas, surpreendentemente, conferem um feeling heavy metal adicional à faixa. "The Cloven Sea", por seu lado, tem um feeling Running Wild, soando ao que se poderia ouvir se a banda alemã tivesse gravado um ensaio de uma música dos anos oitenta ainda inédita nos dias de hoje - boa malha. "On A Horse Called Vengeance" há um forte factor hipnótico atingido através da repetição, ou seja, o sucesso que não foi conseguido na primeira faixa, a já mencionada "David Lund". Também não é alheio o certo aroma thrash e que a música tem - uma das melhores do álbum.

"Gods Of Storm And Thunder" transporta-nos a Running Wild novamente enquanto "Kult Of Ktulu" tem tudo daquilo que foi o heavy metal nos E.U.A. na primeira metade da década de oitenta do século passado. O tema título por sua vez parece que é retirado dos primórdios da Bay Area, ou até mesmo dos primeiros tempos dos Overkill, uma assumida influência da banda, enquanto "We're From Keighley" é uma divertida malha para os fãs da banda, talvez assumindo-se como o hino não oficial da banda.

Musicalmente variado, liricamente apoiado (sobretudo) no trabalho de H.P. Lovecraft, este "Legions Of The Deep" desdobra-se em horas de diversão, para aqueles que conseguem passar pelo som primitivo e pelo semi aborrecimento que representa a primeira faixa. Um bom álbum a descobrir por todos aqueles que têm saudades de um som à antiga.

Nota: 7.5/10

Review por Fernando Ferreira