Não hajam dúvidas que os Hooded Menace são um dos tesouros finlandeses que muitos ainda não descobriram, no que diz respeito ao death/doom metal bruto. Felizmente que foram "descobertos" pela Relapse, que permite espalhar de forma mais eficiente toda esta brutidade pelo mundo. E as aspas foram usadas porque este é já o seu terceiro álbum. Para quem não os conhece, as bandas que poderão ajudar a aproximar do que temos aqui são as de death/doom britânico (Paradise Lost, My Dying Bride e Cathedral), o funeral doom dos Reverende Bizarre ou o death dos Amorphis (a faixa título parece que foi uma faixa esquecida do "Karelian Ishtmus") e de uma certa maneira, um certo feeling sueco como do primeiro álbum dos Entombed ou Grave.
Começar o álbum com uma música de dez minutos exige coragem, mas creio que este duo (que alarga a sua formação ao vivo) se está completamente a borrifar para o que é esperado ou não deles. E verdade seja dita, estes dez minutos passam num instante, até porque este doom é de facto poderoso e em muitas vezes mais parece um death metal elaborado, além de ser um óptimo cartão de visita, porque ali fica-se logo a saber o que se pode esperar.
Apesar do aborrecimento que este estilo pode provocar principalmente quando praticado por mãos impróprias, os Hooded Menace conseguem a proeza de ter um álbum de death/doom feio e mau como aquele que surgia do underground no final dos anos oitenta (aquelas bandas citadas no primeiro parágrafo e muitas mais), com a influência dos filmes de terror, patente nos samples de "In The Dead We Dwell","Crumbling Insanity" e na "Retribution In Eternity", acabando por se tornar uma boa banda sonora para qualquer imagem retirada dos velhinhos filmes da Hammer e de todo esse imaginário. É um álbum que surpreende pelo seu classicismo e pela sua eficácia, mesmo com todo o perigo que envolve uma viagem ao passado, com o risco de perder tempo a visitar algo que na altura não tinha a importância que hoje se dá de alguma forma. Esta é uma viagem bem sucedida, onde estes pensamentos nem sequer aparecem no horizonte.
Começar o álbum com uma música de dez minutos exige coragem, mas creio que este duo (que alarga a sua formação ao vivo) se está completamente a borrifar para o que é esperado ou não deles. E verdade seja dita, estes dez minutos passam num instante, até porque este doom é de facto poderoso e em muitas vezes mais parece um death metal elaborado, além de ser um óptimo cartão de visita, porque ali fica-se logo a saber o que se pode esperar.
Apesar do aborrecimento que este estilo pode provocar principalmente quando praticado por mãos impróprias, os Hooded Menace conseguem a proeza de ter um álbum de death/doom feio e mau como aquele que surgia do underground no final dos anos oitenta (aquelas bandas citadas no primeiro parágrafo e muitas mais), com a influência dos filmes de terror, patente nos samples de "In The Dead We Dwell","Crumbling Insanity" e na "Retribution In Eternity", acabando por se tornar uma boa banda sonora para qualquer imagem retirada dos velhinhos filmes da Hammer e de todo esse imaginário. É um álbum que surpreende pelo seu classicismo e pela sua eficácia, mesmo com todo o perigo que envolve uma viagem ao passado, com o risco de perder tempo a visitar algo que na altura não tinha a importância que hoje se dá de alguma forma. Esta é uma viagem bem sucedida, onde estes pensamentos nem sequer aparecem no horizonte.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
