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Festering - "Exhumed" Review


Cada vez há mais bandas de death metal a tentarem reviver o estilo mais old school deste sub-género. Apesar dos Festering praticarem essa classe de death metal, o interessante deles é que vêm da old school antes mesmo de existir esta denominação, no que a esse género diz respeito. O que eu quero dizer é que a banda de Santo António dos Cavaleiros formou-se em 1992, como um projecto paralelo a membros de Extreme Unction que acabou por terminar algures a meio dessa década devido às actividades com a “banda principal” dos seus membros. Uns bons anos depois, em 2011, Koja Mutilator, Pedro Gonçalves e João Galego (dois membros e um ex-membro dos Extreme Unction), ressuscitam os Festering da sua fétida sepultura acrescentando Norberto Arrais dos Filii Nigrantium Infernalium, Ironsword e Grog (só para nomear alguns) ao line-up, lançando uma cassete demo no passado ano de 2012 para marcarem o seu regresso com espírito dos anos 90.

Mantendo a atitude dos últimos anos do século XX, lançaram agora este EP de 7’’ composto por três temas. O primeiro é apenas uma intro completamente irrelevante que tem a infelicidade de ter sido baptizada com o nome da banda, mas nada a temer aqui, pois o tema-título segue de imediato mostrando que o sangue que corre nos Festering mantêm-se limpo de quaisquer novas tendências de depois da época em que eles nasceram. Brutal e bem apelativo ao headbanging, “Exhumed” é um tema que irá satisfazer especialmente quando tocado ao vivo. “Submerged in Emptiness” é o outro tema deste EP que se destaca por um acompanhamento melódico a dada parte que só dá ainda mais garra à faixa, momentos lentos e arrastadores e um solo simples, mas bastante eficaz na parte final.

“Exhumed” é um pequeno aperitivo, mesmo pequeno, mas sólido no duo que segue à intro, revelando que os Festering são realmente uma banda a ter em conta nos meandros do death metal mais “vintage”. Uma última coisa interessante: este EP está disponível para download gratuito no site oficial da banda, por isso, fãs de death old school só têm a ganhar em fazer uma visita e experimentar.

Nota: 6.6/10

Review por Tiago Neves