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Marty Friedman - "Tokyo Jukebox Vols. 1 & 2" Review


Como é sabido, Marty Friedman deixou saudades aos fãs de Megadeth. E não é para menos. O músico formou com Dave Mustaine, uma das melhores duplas de guitarristas que há memória no metal, e teve um papel importante em álbuns clássicos como "Rust In Peace" e "Cowntdown To Extintion".

Mas Friedman há muito que saiu dos Megadeth e construiu uma carreira bem sucedida no Japão, país onde reside. O guitarrista está feliz a fazer o que quer mas acredito que os fãs de metal prefeririam que este tivesse continuado na mítica banda de thrash metal. De facto, é um desperdício este autêntico mestre da guitarra estar a fazer o que faz hoje em dia, ao invés de estar na banda que o tornou reconhecido, pelo menos no Ocidente.

"Tokyo Jukebox Vols. 1 & 2" é um cd duplo formado por dois álbuns de covers lançados no Japão em 2009 e 2011, respectivamente, e que no final do ano passado viram a luz do dia na Europa e Estados Unidos. Segundo consta estes dois álbuns contém conhecidos temas de J-pop, J-rock, anime e Enka. Marty Friedman tranformou estas músicas para o seu estilo e sem dúvida que se nota o toque único do guitarrista. Estarão ao nível ou não das originais? Estarão parecidas ou muito diferentes? São boas perguntas, mas também é algo que ao comum metaleiro à partida não terá muita importância. Não estou a imaginar alguém ir procurar os temas originais, tratando-se de música japonesa, para fazer essa comparação.

Neste álbum duplo pode ser ouvido todo o virtuosismo de Marty Friedman. Para os fãs de álbuns de guitarristas, este é um álbum com valor mais do que suficiente para ser apreciado. Para os normais apreciadores de metal, ou os fãs de Megadeth curiosos em saber o que o guitarrista anda a fazer hoje em dia, este álbum é capaz de proporcionar uma ou duas escutas agradáveis, porque tem bons momentos como: "Tsume Tsume Tsume", "Amagigoe" e "Yeah! Meccha Holiday". Mas depois é capaz de aborrecer um pouco, porque não há aqui nada de transcendental.

Nota: 7.3/10

Review por Mário Santos Rodrigues