À partida poder-se-á perguntar, quem é o Joel Grind? Poderão existir milhões de personagens no underground metálico, mas efectivamente só existe um Joel Grind. Até é curioso porque o nome deste artista poderá induzir os mais distraídos num erro de forma. Não, musicalmente, Joel Grind não toca Grindcore!!!
Joel Grind é responsável por encabeçar os já muito conhecidos Toxic Holocaust e quanto a estes todos já sabemos com o que podemos contar. Porém, resta-nos saber se nesta aventura a solo, a sua proposta consegue distanciar-se da sua banda principal. Julgamos que sim, sem dúvidas!
Este primeiro álbum “The Yellowgoat Sessions”, representa o imaginário musical pelo qual o Joel Grind se inspirou para fazer música, tal e qual como a conhecemos. Esta é grande conclusão a que se chega, depois de ouvirmos os 10 temas que compõem este registo. O que aqui ouvimos é com certeza a prestação de uma homenagem a bandas como Bathory (inicial), Venom, Hellhammer / Celtic Frost e Motörhead porque o resultado sonoro desta abordagem, é uma fusão perfeita entre Black Metal, Thrash Metal e Rock’n’Roll. Dentro das influências que mencionei, destaco os Bathory e os Motörhead.
O “The Yellowgoat Sessions” é um álbum simples, com uma produção básica e com músicas que nos prendem do primeiro ao último minuto. Acima de tudo são despretensiosas. O espírito Old School transborda por todos os segundos e a captação do ambiente e da energia que consagrou este estilo de música há mais de 20 anos é genuína e transparente. Aqui não se pretende criar o novo, mas sim recriar o antigo e nesse aspecto estamos presente de um grande trabalho do Joel Grind! Muito recomendado a todos aqueles que ainda vivem sobre o signo da NWOBHM!
Nota: 8.5/10
Review por Pedro Pedra
