É impressionante a regularidade discográfica de Jorn. Ainda o ano passado lançou um álbum e eis que um ano depois está de volta com outro, isto depois de ter lançado um álbum de versões de músicas suas com tratamento orquestral. Depois de tanto movimento, é de ficar levemente suspeito de que a qualidade começa eventualmente a faltar. No entanto, não há aqui nada que belisque a excelência que o vocalista norueguês arraçado de Dio nos habituou. Rodeado com uma equipe de instrumentalistas dotada tecnicamente, com algumas caras novas (novo guitarrista Trond Holter e baixista Bernt Jansen, músicos de uma banda clássica, norueguesa, de glam hard rock, os Wig Wam) mas que não impede que se tenham mais onze músicas de heavy metal musculado.
Aliás, desde o início pujante com "Overload" se nota que as coisas estão bem cimentadas no que diz respeito ao peso, passando também pelo ligeiro toque heavy metal clássico de "Cancer Demon". A propósito desta música, um facto que começa a ser regra nos álbuns de Jorn: A constante homenagem a Dio. Ou são covers, ou são músicas, ou são álbuns. Neste caso, a já mencionada "Cancer Demon" e a última faixa, "The Man Who Was King". Não hajam dúvidas por aqui, Dio foi um dos grandes vocalistas de heavy metal de todos tempos, um excelente compositor, um insuperável frontman e acima de tudo, um maravilhoso ser humano, do qual todos sentem saudade, no entanto, esta recorrente abordagem para as homenagens por parte de Jorn ao malogrado vocalista começa a ser excessiva, sem falar... algo mórbida.
Nem só de homenagens o álbum vive, e o tema título e faixas como "Make Your Engine Scream" vão buscar o equilíbrio entre o heavy metal e o hard rock, algo como um cruzamento entre Black Sabbath (fase Dio, obviamente) e os Whitesnake dos anos oitenta mas o ambiente é algo mais soturno e não tão positivo como no anterior álbum. Existe por aqui uma certa costela doom, que as letras reflectem e a música também, sendo que "Carry The Black" (e não contando com as já mencionadas homenagens a Dio) é o exemplo máximo. Um bom álbum de heavy metal, ligeiramente diferente daquilo que o vocalista nos tem habituado, mas sempre com a mesma alma, que é a principal característica que os seus fãs procuram. E aqui vão encontrar.
Aliás, desde o início pujante com "Overload" se nota que as coisas estão bem cimentadas no que diz respeito ao peso, passando também pelo ligeiro toque heavy metal clássico de "Cancer Demon". A propósito desta música, um facto que começa a ser regra nos álbuns de Jorn: A constante homenagem a Dio. Ou são covers, ou são músicas, ou são álbuns. Neste caso, a já mencionada "Cancer Demon" e a última faixa, "The Man Who Was King". Não hajam dúvidas por aqui, Dio foi um dos grandes vocalistas de heavy metal de todos tempos, um excelente compositor, um insuperável frontman e acima de tudo, um maravilhoso ser humano, do qual todos sentem saudade, no entanto, esta recorrente abordagem para as homenagens por parte de Jorn ao malogrado vocalista começa a ser excessiva, sem falar... algo mórbida.
Nem só de homenagens o álbum vive, e o tema título e faixas como "Make Your Engine Scream" vão buscar o equilíbrio entre o heavy metal e o hard rock, algo como um cruzamento entre Black Sabbath (fase Dio, obviamente) e os Whitesnake dos anos oitenta mas o ambiente é algo mais soturno e não tão positivo como no anterior álbum. Existe por aqui uma certa costela doom, que as letras reflectem e a música também, sendo que "Carry The Black" (e não contando com as já mencionadas homenagens a Dio) é o exemplo máximo. Um bom álbum de heavy metal, ligeiramente diferente daquilo que o vocalista nos tem habituado, mas sempre com a mesma alma, que é a principal característica que os seus fãs procuram. E aqui vão encontrar.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
