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A Cosmic Trail - "II: Mistral Complete" Review


Segundo álbum deste projecto que reune os mesmos membros dos Lanfear, banda que mistura power metal e metal progressivo na mesma medida, tendo a colaboração de um vocalista que tem nome de português, mas que deverá ter nacionalidade alemã, Nuno Miguel de Barros Fernandes, provavelmente filho de imigrantes. De qualquer forma, não tem qualquer importância, já que os Cosmic Trail são instrumentais e têm um som que é ideal para levantar vôo, principalmente para todos os que gostam de rock/metal progressivo.

O início com "Calm" é desconcertante que pode pôr todos de pé atrás. Uma melodia típica daqueles álbuns de rock instrumental que não foram a lado nenhum mas que eram bastante comuns na década de oitenta, no entanto, antes que se consiga fazer com que a aversão cresça, "Mistral I" entra em acção com um riff agressivo que apanha o ouvinte desprevenido. A faixa é por essência tudo aquilo que o fã de metal progressivo espera, indo em sete minutos a uma série de passagens diferentes, fazendo parecer que passaram mais do dobro do tempo.

A passagem para "Cromlech" é perfeita, mesmo que uma acabe de forma suave e a outra comece novamente com um ritmo agressivo, novamente indo a vários sítios, também ao longo de sete minutos. Cada música é uma viagem diferente, que flui de tal forma que o próprio tempo parece perder todo e qualquer significado. Virtuosismo, sensibilidade, poder, uma ambiência viciante. É o disco ideal para se ouvir enquanto se está na praia deserta, ou num  outro qualquer sítio onde estejamos voltados para dentro. Um daqueles álbuns que faz perpetuar momentos de pura paz. Este álbum é um tesouro, que em boa hora a subsidiária da Pure Steel Records, a Pure Prog records, apostou. Sem dúvida, o trabalho de rock/metal instrumental do ano até agora.


Nota: 9.3/10

Review por Fernando Ferreira