Aaaaaaaargh! É no fundo a tradução daquilo que se pode ouvir aqui. E estava despachado. Isso seria fácil demais. Então vamos lá para a maneira mais difícil. Ildjarn é uma one-man-band norueguesa, levada a cabo por Vidar "Ildjarn" Vaaer e que foi um projecto de culto nos anos noventa. Quando todas as bandas norueguesas tentavam dar nas vistas pelas declarações polémicas, pelos seus crimes que resultaram em cadeia e/ou pela sua música, Vidar preferiu ficar na obscuridade, até que lançou um álbum de originais em 1995 e como um não era suficiente seguiram-se uma série deles até chegar a este "Forest Poetry" de 1996, o quarto. Isso mesmo, lançou quatro álbuns em dois anos.
A primeira coisa que se pensa, porque o ser humano no fundo é optimista e idiota, é "este senhor deve ser um génio, desprezado e incompreendido pelo mundo". Não. Quer dizer, não se sabe, mas se avaliarmos pelo o que está aqui, génio não. Desprezado, não o suficiente, porque se assim fosse, este álbum não tinha sido reeditado. Incompreendido... talvez, mas é porque também ele não ajuda a que se consiga compreender. Vinte e duas músicas, todas elas curtas - a maior não chega a ter quatro minutos - e todas elas donas de um som terrível, é impossível perceber onde começa o som da guitarra e onde acaba o som da bateria. A voz está algures lá no meio, mas por vezes também parece white noise.
Black Punk White Noise Metal. Acho que estas cinco palavras que parece terem sido escolhidas ao acaso, descrevem na perfeição o que vai por aqui. A Season Of Mist obteve os direitos para reeditar uma série de álbuns do projecto, com um novo artwork, e haverá o seu público para isso. Sem qualquer dúvida, para aqueles que gostam de black metal mal produzido, algo simples (não básico), esta será uma reedição de ouro. Para o resto, fujam. Ou melhor, evitem. Se experimentam a ouvir, garanto que o som vai continuar a zunir nos ouvidos umas boas horas depois de terem parado de ouvir. E vão sangrar pelos ouvidos. E... talvez morrer.
A primeira coisa que se pensa, porque o ser humano no fundo é optimista e idiota, é "este senhor deve ser um génio, desprezado e incompreendido pelo mundo". Não. Quer dizer, não se sabe, mas se avaliarmos pelo o que está aqui, génio não. Desprezado, não o suficiente, porque se assim fosse, este álbum não tinha sido reeditado. Incompreendido... talvez, mas é porque também ele não ajuda a que se consiga compreender. Vinte e duas músicas, todas elas curtas - a maior não chega a ter quatro minutos - e todas elas donas de um som terrível, é impossível perceber onde começa o som da guitarra e onde acaba o som da bateria. A voz está algures lá no meio, mas por vezes também parece white noise.
Black Punk White Noise Metal. Acho que estas cinco palavras que parece terem sido escolhidas ao acaso, descrevem na perfeição o que vai por aqui. A Season Of Mist obteve os direitos para reeditar uma série de álbuns do projecto, com um novo artwork, e haverá o seu público para isso. Sem qualquer dúvida, para aqueles que gostam de black metal mal produzido, algo simples (não básico), esta será uma reedição de ouro. Para o resto, fujam. Ou melhor, evitem. Se experimentam a ouvir, garanto que o som vai continuar a zunir nos ouvidos umas boas horas depois de terem parado de ouvir. E vão sangrar pelos ouvidos. E... talvez morrer.
Nota: 4/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
