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James LaBrie - "Impermanent Resonance" Review


James LaBrie, um músico bastante controverso, amado por uns e odiado por outros contudo, é inegável o trabalho que o vocalista tem vindo a desenvolver junto dos Dream Theater e também com a sua carreira a solo. Três anos se passaram desde o bem recebido "Static Impulse" e LaBrie volta a juntar-se com o seu companheiro de composição, Matt Guillory, para trazer à luz do dia o seu quinto álbum a solo.

"Impermanent Resonance" tem o seu início em "Agony", um tema que instrumentalmente difere um pouco da sonoridade dos Dream Theater, tendo um cariz mais pesado, mas não perdendo as nuances melódicas que reforçam a voz natural do vocalista e realçam o que esta traz de melhor. Em "Undertow" temos novamente um tema pujante, com uma atmosfera que, não faz destoar a voz de Labrie, ficando esta muito bem embuída na sonoridade dos temas e ficando bem conjugada também com os vocais mais agressivos do prolífico baterista Peter Wildoer. Existe espaço também para baladas, como o caso da bela "Back On The Ground", onde o vocalista traz uma dose de emoção bastante intensa, sendo um dos momentos mais bonitos do álbum. No tema "Holding On", Labrie também se aventura vocalmente, dando mais uma abertura ao seu timbre, sem ter medo de arriscar. Na recta final, "Say You're Still Mine", é talvez um dos temas que melhor caracterizam as qualidades vocais de LaBrie que, sem dúvida, ganham uma força e ainda assim uma grandiosidade extra neste tipo de temas mais introspectivos.

Uma crítica que pode ser apontada à performance do vocalista neste registo é que, tirando certas excepções como as duas referidas acima, a sua performance parece ser bastante semelhante em todos os temas, pecando um pouco por uma certa falta de interpretação que estes pudessem exigir.

No que toca à banda de suporte, há que destacar a tenacidade e técnica do guitarrista Marco Sfogli que traz solos bastante belos no que toca a virtuosismo e intensidade, não destoando muito do carismático John Petrucci. É também digno de nota o trabalho do teclista Matt Guillory, que consegue trazer a ambiência e atmosfera certa aos temas que o álbum nos vai disparando.

Em suma, temos um álbum com uma roupagem moderna na sua sonoridade e à qual o vocalista joga pelo seguro, contudo, sem comprometer os temas mais pujantes. Ainda assim o álbum serve como um bom cartão-de-visita às capacidades do músico e deixa-nos com a ideia da boa forma de James LaBrie que parece estar mais que pronto para continuar o seu trabalho no futuro álbum dos Dream Theater.

Nota: 8.0/10

Review por Ruben Mineiro