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Beehoover - "The Devil And His Footmen" Review


Dá-lhe lo-fi. "Monolith" retira logo todas as dúvidas caso as houvesse em relação ao efeito que o tempo (três anos) que separou este "The Devil And His Footmen" e o anterior "Concrete Catalyst". O duo composto por Ingmar Petersen (voz, baixo) e por Claus-Peter Hamisch (voz, bateria) continua a fazer música intensa e crua como tudo. A base sem dúvida que é rock, com grande enfâse para o baixo que ocupa grande parte da mistura final) mas há um certo encanto progressivo, misturado com um poder stoner que torna esta estranha mistura hipnótica.

Talvez este minimalismo seja demais para um fã da guitarra aguentar. Por muito versátil que o baixo (e o baixista) seja, a verdade é que se sente falta de solos de guitarra ou até mesmo da distorção própria da guitarra e como tal, a abordagem feita a "The Devil And His Footmen" não pode ser feita da mesma forma que é feita a qualquer outra proposta convencional de música rock pesada. Este minimalismo consegue transportar para algo mais além. Um misto de Black Sabbath com sludge, de Acid Bath com rock psicadélico da década de setenta e que mesmo assim fica longe do que se ouve aqui. Aliás, qualquer comparação soa pálida perante a realidade.

Para quem não os conhece, este álbum surge como um choque. Será necessária uma grande abertura de espírito/mente passar pelo minimalismo aqui apresentado. Abertura essa recompensada pelo prazer que se vai descobrindo ao longo do álbum. Dificilmente agradará aos fãs de coisas mais pesadas e com um som mais cheio, mas para quem gosta de uma boa rockalhada, com um feeling obscuro, hipnótico, próprio daquilo que se entende como sludge/stoner, poderá ter dificuldade em parar de ouvir este álbum.
 
Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira