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Scarecrow N.W.A. - "Transgression" Review


Scarecrow New World Annihilition é um nome estranho, até mesmo para uma banda que toca death metal mais ou menos melódico. Dá ideia que a meio da carreira surgiu alguém com os direitos sobre o nome Scarecrow e que os austríacos seguiram a solução à la Rhapsody - acrescentar uma série de palavras ao nome original, mesmo que as mesmas não façam muito sentido. Adiante. Este Transgression é já o quinto álbum da banda e o início da "MMXII" promete muito, com um solo de guitarra bastante inspirado e que consegue vingar, apesar do som demasiado digital da bateria. No entanto, essa mesma faixa revela-se longa demais, nove minutos em que certas partes são repetidas até à exaustão. Infelizmente esse revela-se um problema que não é exclusivo à faixa de abertura.

O tema título, também ele com início fulgurante depressa se torna aborrecido e derivativo, apesar de mais uma vez ter um trabalho interessante de guitarras, nomeadamente a guitarra solo. As músicas sucedem-se mas, exceptuando pelos solos, não há razões de verdadeiro interesse aqui, nem na questão dos riffs e a bateria também estraga um pouco a parte rítmica e a duração das mesmas também não ajuda nada (apenas a "At Dead Of Night" tem quatro minutos) fazendo com que esta hora de música custe um pouco a passar e pior, que se espere sempre pelo solo de guitarra para ter um pouco de ar fresco. Curiosamente, também esse ar fresco surge na voz, com umas passagens em voz limpa, algo clichê, é certo, mas que resulta muito bem, nas música "Backstab Romance" e "Resurrection".

Resumindo, "Transgression" é um álbum prejudicado pela forma (produção irritante) e pelo contéudo (músicas longas demais para o seu próprio bem). Como surpresa, surge a última música "Scarecrow's Song" que é tão power metal que até os Manowar devem estar a tirar notas neste momento já que a principal ocupação deles de momento é regravar os seus próprios clássicos intercalada com música nova de qualidade inferior. Ok, é manhoso, foleiro e até um pouco azeiteiro, mas no final de um álbum como este, é o que é preciso para salvar um pouco a face em relação ao que está para trás. Provavelmente não será uma nova orientação, mas não deixa de ser um bom momento (dos melhores) do disco.

 
Nota: 6/10

Review por Fernando Ferreira