Se o death metal melódico fosse uma vaca, essa mesma vaca tinha a espessura de um palito, dado que já foi espremida até ao tutano. Grande parte dessa responsabilidade foi a abominavel NWOAHM (New Wave Of American Heavy Metal), termo que foi enterrado pelo metalcore, já que a tendência espalhou-se um pouco por todo o globo. O facto da vaca estar a trabalhar (ou a ser explorada) non stop há quase quinze anos, não quer dizer que de vez em quando não consiga surpreender. É o que se passa com este trabalho, o segundo dos alemães Sapiency.
Com um jeito infernal para arranjar melodias marcantes, este álbum torna-se viciante, ainda a primeira música, "Prayer For The Pain" ainda não chegou ao final. O único problema é que ao final de pouco tempo, a fórmula começa a revelar-se muito cansativa e curiosamente, aquilo que salva o álbum do marasmo é um certo espírito pop que aparece em faixas como "Fight On" mas que se revela um tiro em cheio no alvo - a partir do momento em que sem se dar conta, começa-se a cantar o refrão, é porque fomos possuídos pelo espírito pop, que não é mais do que certas programações às quais o nosso cérebro é sensível.
É um bom álbum de death metal melódico que poderá agradar mais aos fãs da nova guarda (coisas como Sonic Syndicate) do que propriamente a fãs dos Dark Tranquility ou In Flames (antigo, claro). E não há nada de errado com isso, é boa música, talvez que não consiga sobreviver ao chamado teste do tempo, mas é inegável a sua qualidade em músicas como o tema título e a "Breaking Chains", que juntam melodia e vozes ríspidas com ritmos fortes. Para os que são alérgicos, avançar com cautela.
Com um jeito infernal para arranjar melodias marcantes, este álbum torna-se viciante, ainda a primeira música, "Prayer For The Pain" ainda não chegou ao final. O único problema é que ao final de pouco tempo, a fórmula começa a revelar-se muito cansativa e curiosamente, aquilo que salva o álbum do marasmo é um certo espírito pop que aparece em faixas como "Fight On" mas que se revela um tiro em cheio no alvo - a partir do momento em que sem se dar conta, começa-se a cantar o refrão, é porque fomos possuídos pelo espírito pop, que não é mais do que certas programações às quais o nosso cérebro é sensível.
É um bom álbum de death metal melódico que poderá agradar mais aos fãs da nova guarda (coisas como Sonic Syndicate) do que propriamente a fãs dos Dark Tranquility ou In Flames (antigo, claro). E não há nada de errado com isso, é boa música, talvez que não consiga sobreviver ao chamado teste do tempo, mas é inegável a sua qualidade em músicas como o tema título e a "Breaking Chains", que juntam melodia e vozes ríspidas com ritmos fortes. Para os que são alérgicos, avançar com cautela.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
