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Inquisition - "Obscure Verses For The Multiverse" Review


Os Inquisition são uma das bandas mais clássicas da América do Sul a operar em solo norte-americano. É uma boa linha de marketing embora apenas seja necessário a música soar para que se chame a atenção. Inicialmente uma banda de thrash metal, apenas em 1996 se dedicam ao black metal, já nos E.U.A. e apenas com uma formação de dois músicos: Dagon (guitarra e voz) que imigrou da Colômbia para os Estados Unidos, onde conheceu Incubus (bateria), formando a base segura e inabalável que dura até aos dias de hoje, já com seis álbuns de estúdio, contando com este "Obscure Verses For The Multiverse".

Aquilo ou o nome que salta imediatamente ao ouvido com o início de "Force Of The Floating Tomb" é só um. Immortal. Poderá ser pela voz de Dagon, que tem o mesmo tipo de grasnar usado por Abbath ou pelas soluções em termos de arranjos de guitarra. Essa influência ou essa sombra é notória em todos os momentos do álbum, mas em faixas como "Spiritual Plasma Evocation" é por demais evidente. É como se fosse uma mistura entre a fase mais recente - pós "At The Heart Of Winter" - e um certo espírito mais old school, tendo que se salientar o fantástico trabalho de guitarra, onde se consegue ter um groove viciante por vezes. Sim, black metal com groove. É possível e melhor do que ser possível, é muito bom.

Apenas com guitarra, voz e bateria, seria de esperar que cinquenta e dois minutos disto seria demasiado, mas a verdade é que nunca este álbum se torna aborrecido, sendo impressionante a forma como o baixo não é recordado com saudade por aqui. Um álbum que todos os fãs de black metal de certeza que gostarão, mesmo aqueles que não consideram (com alguma razão, talvez) Immortal como black metal. Acabam por ser, no fundo, bem mais crus e intensos e essa tem sido a sua identidade, bem conservada e explorada ao longo dos anos. Este álbum não é excepção. Não sendo um estilo para todos, também este álbum não o é, o que só faz com que seja ainda mais intenso.

Nota: 8/10

Review por Fernando Ferreira