Uma one man band que não é black metal. Só esta frase é suficiente para causar espanto e alguma estranheza. Psychocalypse é um projecto levado a cabo por Psychotic (o que faz perfeito sentido) e insere-se nos meandros do death metal melódico, tendo alguns pormenores de outros estilos mas o death metal é mesmo a principal receita deste bolo. Surgindo do nenhures, obviamente que não existem grandes expectativas para o projecto francês embora se possam apontar algumas critícas ao nome do mesmo que parece que não combina com estilo algo gótico, algo pagão, algo... black metal melódico que a música sugere.
Além destas pequenas... contradições, também há o facto da produção soar algo caseira e a voz genérica. Características que impedem que a sua música se destaque das centenas de lançamentos diários que efectuados no que à música extrema diz respeito e que a denunciam como sendo um trabalho puramente para o underground - não que haja algo de errado com isso. Tendo em conta estas limitações, é complicado analisá-lo sem ter estas pequenas coisas a piscar na mente a todos os momentos. A solução passa por apreciar o álbum tal como ele é para que se possa responder a uma questão muito simples: A música é boa ou não?
A resposta é sim, mas poderia ser muito melhor. Tendo em conta atenuante de ser uma one man band, é um trabalho um pouco acima da média, com algumas dinâmicas e variedades embora sem muitos ganchos que nos agarrem. Tirando algumas coisas que não soam bem (como o pedal duplo de "Apocalodia" que estraga definitivamente a ilusão de que a bateria é programada), o saldo é positivo, mas com uma produção melhor, com uma bateria real, com mais temas memoráveis, poderia estar aqui um grande álbum. Como tal não acontece, tem-se uma boa estreia, que deixa boas indicações para o futuro, mas que também não garante que essas indicações serão cumpridas. Curiosamente interessante, nada mais que isso.
Além destas pequenas... contradições, também há o facto da produção soar algo caseira e a voz genérica. Características que impedem que a sua música se destaque das centenas de lançamentos diários que efectuados no que à música extrema diz respeito e que a denunciam como sendo um trabalho puramente para o underground - não que haja algo de errado com isso. Tendo em conta estas limitações, é complicado analisá-lo sem ter estas pequenas coisas a piscar na mente a todos os momentos. A solução passa por apreciar o álbum tal como ele é para que se possa responder a uma questão muito simples: A música é boa ou não?
A resposta é sim, mas poderia ser muito melhor. Tendo em conta atenuante de ser uma one man band, é um trabalho um pouco acima da média, com algumas dinâmicas e variedades embora sem muitos ganchos que nos agarrem. Tirando algumas coisas que não soam bem (como o pedal duplo de "Apocalodia" que estraga definitivamente a ilusão de que a bateria é programada), o saldo é positivo, mas com uma produção melhor, com uma bateria real, com mais temas memoráveis, poderia estar aqui um grande álbum. Como tal não acontece, tem-se uma boa estreia, que deixa boas indicações para o futuro, mas que também não garante que essas indicações serão cumpridas. Curiosamente interessante, nada mais que isso.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
