Com uma ascensão de assinalar, os Red Fang chegam ao terceiro álbum, o tal que tem característica de ser visto como definidor de carreiras, embora fique a impressão de que o quarteto norte-americano já está um pouco acima dessas coisas. A tendência da banda tem sido superar-se a cada lançamento que faz e não se pode dizer que tenham contrariado isso com este lançamento. Talvez mais directos, como a "DOEN" faz questão de salientar logo na abertura do álbum, mas com um espírito para fazer grandes malhas. "Blood Like Cream" e o seu refrão são daquelas coisas que se colam à cabeça de uma pessoa como um facehugger no filme "Alien".
Com um forte feeling rock, daquele à antiga, em que não são necessários truques. Apenas, voz, bateria, baixo, guitarras e os respectivos riffs. Os riffs. Esqueçamos a técnica do riff, tudo o que importa é o feeling que eles transmitem e aqui temos viagens em forma de riffs e para isso não são necessários mais do que três minutos - como acontece com a recta final da "Crows In Swine". Pondo isto, há também por aqui, um certo espírito progressivo, como aquele que havia em quase todas as bandas de rock dos anos setenta. Um regresso à era do feeling e da música sentida, algo que cada vez é mais raro hoje em dia.
É esse feeling que é viciante. Mesmo para quem não os conhece. Aliás, para quem não os conhece, este álbum é um ponto ideal de partida, já que é uma espécie de resumo de tudo o que representa os Red Fang. Toda a energia, um certo sabor punk, peso, um passo à frente do que se convencionou chamar stoner rock - "Dawn Rising", que conta com a participação vocal de Mike Scheidt dos Yob, é tão stoner como doom, um híbrido que para além de maravilhoso, é viciante. A perfeição num álbum que é tão honesto, tão poderoso, que tem um potencial comercial incrível. É pena é que os consumidores, grande parte das massas, estão habituados a coisas de plástico. Sem dúvida, um dos grandes álbuns lançados neste semestre.
Nota: 9/10
Com um forte feeling rock, daquele à antiga, em que não são necessários truques. Apenas, voz, bateria, baixo, guitarras e os respectivos riffs. Os riffs. Esqueçamos a técnica do riff, tudo o que importa é o feeling que eles transmitem e aqui temos viagens em forma de riffs e para isso não são necessários mais do que três minutos - como acontece com a recta final da "Crows In Swine". Pondo isto, há também por aqui, um certo espírito progressivo, como aquele que havia em quase todas as bandas de rock dos anos setenta. Um regresso à era do feeling e da música sentida, algo que cada vez é mais raro hoje em dia.
É esse feeling que é viciante. Mesmo para quem não os conhece. Aliás, para quem não os conhece, este álbum é um ponto ideal de partida, já que é uma espécie de resumo de tudo o que representa os Red Fang. Toda a energia, um certo sabor punk, peso, um passo à frente do que se convencionou chamar stoner rock - "Dawn Rising", que conta com a participação vocal de Mike Scheidt dos Yob, é tão stoner como doom, um híbrido que para além de maravilhoso, é viciante. A perfeição num álbum que é tão honesto, tão poderoso, que tem um potencial comercial incrível. É pena é que os consumidores, grande parte das massas, estão habituados a coisas de plástico. Sem dúvida, um dos grandes álbuns lançados neste semestre.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
