Mas que grande surpresa é este segundo álbum dos canadianos Tribune. A qualidade do som e das músicas deixam-nos a pensar como foi possível o álbum de estreia editado há apenas um ano ter passado despercebido. O que se tem aqui é uma mistura de death com thrash e metal progressivo. Isto, no entanto, sem terem as suas referências à flor da pele, o que é muito bom, sinal de uma identidade bem estabelecida. Ora quando se trata de death metal progressivo, há a tendência para que este seja técnico, demasiado técnico, e que as músicas sejam deixadas para segundo plano, colocando em primeiro as habilidades técnicas. Aqui, quem fica mesmo a ganhar são as músicas. Com temas a rondar em média os cinco minutos, há uma série de paisagens que são visitadas, todas na mesma música, sem perder nunca o fio à meada daquilo que se começou a ouvir.
A razão maior das músicas resultarem tão bem será mesmo a voz de Bryan Baker, principalmente a voz limpa, que é catchy como tudo e é eficaz - isto também para a voz gritada - a fazer lembrar por vezes a voz de Heri Joensen, dos Týr. A componente técnica também é de qualidade elevada, sendo a prova viva de que é possível mostrar aos outros que se toca muito e ao mesmo tempo ter grandes malhas, como é o caso da "From Funeral To Funeral". Além de ser um mimo para os ouvidos habituados a coisas mais elaboradas, também não deixa de ter a sua costela moderna que poderá conquistar os que gostam de bandas como The Black Dahlia Murder.
A ter alguma falha, "Tales" terá a de não conseguir com que as suas músicas fiquem mais tempo dentro de cada ouvinte, o que também não deixa de ser normal, já que realmente passa-se aqui muita coisa que poderá deixar o ouvinte um pouco esmagado (ou por outras palavras, em branco) depois de ouvir o álbum por inteiro. Apesar disso, é um álbum que ganha nova vida a cada nova audição, e isso por si só, já é motivo para continuar a ouvir até esgotar por completo, o que dá ideia, pelo menos no ponto actual, que poderá demorar tempo a acontecer. Quando assim é, não adianta procurar razões para justificar o quer que seja, basta aproveitar.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
A razão maior das músicas resultarem tão bem será mesmo a voz de Bryan Baker, principalmente a voz limpa, que é catchy como tudo e é eficaz - isto também para a voz gritada - a fazer lembrar por vezes a voz de Heri Joensen, dos Týr. A componente técnica também é de qualidade elevada, sendo a prova viva de que é possível mostrar aos outros que se toca muito e ao mesmo tempo ter grandes malhas, como é o caso da "From Funeral To Funeral". Além de ser um mimo para os ouvidos habituados a coisas mais elaboradas, também não deixa de ter a sua costela moderna que poderá conquistar os que gostam de bandas como The Black Dahlia Murder.
A ter alguma falha, "Tales" terá a de não conseguir com que as suas músicas fiquem mais tempo dentro de cada ouvinte, o que também não deixa de ser normal, já que realmente passa-se aqui muita coisa que poderá deixar o ouvinte um pouco esmagado (ou por outras palavras, em branco) depois de ouvir o álbum por inteiro. Apesar disso, é um álbum que ganha nova vida a cada nova audição, e isso por si só, já é motivo para continuar a ouvir até esgotar por completo, o que dá ideia, pelo menos no ponto actual, que poderá demorar tempo a acontecer. Quando assim é, não adianta procurar razões para justificar o quer que seja, basta aproveitar.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
