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Warmaster - "The End Of Humanity" Review


O encanto do death metal holandês sempre foi a sua brutalidade e porque não dizer, a sua originalidade. Os Warmaster são oriundos do País Baixos e chegam ao segundo álbum cinco anos após a estreia nos longa durações e não hajam dúvidas que tratam a brutalidade por tu nestes quase cinquenta minutos. O mesmo já não se pode dizer quanto à originalidade. Acaba por ser mais derivativo do que o desejável. Comecemos pela capa. Além de ser infantil, não faz com que, para quem não conhece a música, se leve este álbum a sério. É certo que quando "Nuclear Warfare" começa a explodir, fica-se bem ciente que o quarteto leva muito a sério o seu som. Deveria levar muito a sério a sua imagem e tendo a noção de que a capa muitas vezes é a razão para um potencial consumidor pegar ou não no seu produto... esta capa é uma miséria.

Falemos da música, afinal, é isso que interessa mais. Com alguns toques de Doom metal (considerando que estamos a falar de death metal, claro que uma das grandes referências é inevitavelmente os Bolt Thrower, principalmente no início da sua carreira), o estilo aqui apresentado vai mais vezes ao encontro da herança sueca do início dos anos noventa do que propriamente pelo estilo típicamente holandês, um pouco mais técnico. Não se deixa de ter bons temas ou pelo menos bons momentos, como a "The Target", que quase se safa ao repetir o mesmo riff interminavelmente. Quase, porque excedem-se um pouco na repetição.

A questão é a produção nem é primitiva, nem é poderosamente podre. É apenas... descuidada. Pouco brilho, o som dos médios algo desajustados, como que a querer emular o som sueco, mas sem conseguirem que tenham o mesmo poder, juntando aos riffs pouco marcantes, aos solos que parece que quem produziu/misturou tinha vergonha deles e como tal, decidiu enterrá-los no meio da voz, da bateria e do ritmo. Não deixa de ser um bom esforço e quem vai a todas no que ao death metal diz respeito, até vai encontrar razões para ouvir isto algumas vezes. Todos os outros... uma só basta. E mesmo assim, talvez não se chegue ao final.


Nota: 5/10

Review por Fernando Ferreira