Beeem, este pessoal está zangado. "Sickened No More" inicia o novo álbum dos Weekend Nachos com uma fúria destemida e impressionante. Como um furacão, destroi tudo à sua passagem que dura exactamente quarenta e quatro segundos. E é sintomático para as restantes onze músicas, curtas descargas de punk/hardcore injectado com grindcore assim como os carros de corridas ilegais injectam nitro. O efeito é igualmente explosivo, mas isso não quer dizer que todas as malhas sejam up-tempo até porque a dinâmica conseguida é através da alternância entre os momentos quase dooms com aqueles mais brutos, no que à velocidade diz respeito.
A produção é crua mas bem orgânica, com a bateria a soar bastante bem e a ser bem complementada por um som de baixo surpreendentemente limpo (ou pelo menos mais perceptível do que aquilo que se esperava), o que faz com que existam momentos com um grande groove como na "Watch You Suffer" ou na "Wolves", onde o baixo rouba todo o protoganismo. As guitarras são cruas e abrasivas como se querem mas a principal fonte de intensidade é mesmo a voz de John Hoffman. O homem berra que nem um condenado, mas mesmo assim,as letras são perceptíveis. E zangadas para se enquadrarem na forma como são cantadas.
Resultado: Já vimos este tipo de disco milhares de vezes antes. Uma dezena de músicas, que fluem à velocidade de vinho a escorrer na garganta de um alcóolico, o que faz com que a garrafa (o disco) acabe depressa, quando as coisas são bem feitas, porque arriscar a fazer algo com maior duração, possivelmente causaria algum enfado. Assim sendo, "Still" é uma descarga intensa em vinte e dois minutos que se quer voltar a ouvir quando chega ao fim. Isso já diz muito.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
A produção é crua mas bem orgânica, com a bateria a soar bastante bem e a ser bem complementada por um som de baixo surpreendentemente limpo (ou pelo menos mais perceptível do que aquilo que se esperava), o que faz com que existam momentos com um grande groove como na "Watch You Suffer" ou na "Wolves", onde o baixo rouba todo o protoganismo. As guitarras são cruas e abrasivas como se querem mas a principal fonte de intensidade é mesmo a voz de John Hoffman. O homem berra que nem um condenado, mas mesmo assim,as letras são perceptíveis. E zangadas para se enquadrarem na forma como são cantadas.
Resultado: Já vimos este tipo de disco milhares de vezes antes. Uma dezena de músicas, que fluem à velocidade de vinho a escorrer na garganta de um alcóolico, o que faz com que a garrafa (o disco) acabe depressa, quando as coisas são bem feitas, porque arriscar a fazer algo com maior duração, possivelmente causaria algum enfado. Assim sendo, "Still" é uma descarga intensa em vinte e dois minutos que se quer voltar a ouvir quando chega ao fim. Isso já diz muito.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
