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Cronian - "Erathems" Review


Este é um álbum ao qual todos os fãs de Borknagar não ficarão indiferentes. Terceiro álbum deste projecto que junta Vintersorg e Oysten G Brun, ambos dos Borknagar. À primeira audição poderá parecer algo estranho já que a diferença entre as duas entidades não é assim tanta que faça pensar na necessidade de ter um projecto paralelo. Independentemente dessa necessidade ou não, o que é certo é que este é já o seu terceiro álbum. A diferença mais evidente é sem dúvida o carácter mais progressivo destas composições. Quando se tem dois músicos extremamente talentosos, a dividir as tarefas de composição com uma liberdade que não têm na sua banda principal, não é de espantar que em certos aspectos se vá mais longe. Mais concretamente, ambos os músicos tratam da parte orquestral e sinfónica do álbum, o que faz com que seja mais intenso nessa parte, assim como mais black metal noutros aspectos.

Em termos sonoros, a qualidade é abismal, onde a única coisa que talvez não soe totalmente bem sejam a bateria já que é programada, mas mesmo assim, consegue ter um som bem mais acústico e orgânico do que seria expectável. Em termos de composição e segundo os próprios músicos, este álbum é o primeiro onde os dois igualmente contribuíram tanto na composição como nas letras, resultando num álbum mais coeso, onde, em parte, ajuda a cimentar as diferenças com os Borknagar, com um feeling mais futurista, mais apoiado nos teclados, mas ao mesmo tempo, mais pesado e próximo da influência black metal.

Atingindo um grau de excelência que até nem sempre é atingido na banda principal, este "Erathems" surge como um dos grandes trabalhos do final deste ano de 2013, quase atingindo a perfeição em muitos dos campos em que se move, seja na produção cristalina mas ao mesmo tempo poderosa, seja nas composições e na forma como elas cativam, mas principalmente na junçao de todos os temas num álbum poderoso e que certamente vai rodar de forma compulsiva nos leitores de cd de todos aqueles que não resistem à junção de black metal (em pequenas doses) com metal progressivo (em grandes doses) com temas movidos a sintetizadores. Daqueles que no final de se ouvir fica-se com a perfeita sensação de se ter apreciado uma obra de arte. O que é verdade.


Nota: 9/10

Review por Fernando Ferreira