O nome estranho sugere para algum experimentalismo e experimentalismo é o que se obtem neste EP de estreia por parte do grupo italiano Thaclthi, a nova aposta da Avantgarde Music. Depois de uma longa peça de intrudução que tem tanto de ambiental como de opressiva, intitulada "Hinthial", "E Tu Vivrai Nel Terrore! L' Aldiquà". Se acham que o título é esquisito , esperem para ouvir a música. Quinze minutos de excentricidade rítmica abafada por distorção de guitarra e baixo, não conseguindo discernir qual dos dois instrumentos está presente e o que é que estão a tocar. É um novo nível de intensidade claustrofóbica, que além do instrumental poderoso, tem a voz de Thaurx a soltar gritos de desespero por cima. Quinze longos minutos.
A seguir não melhora, já que "Ixaxaar" tem vinte e dois minutos e os primeiros oito minutos prometem que seja toda no mesmo registo, no entanto, o caos dá lugar a uma secção de sons fantasmagóricos de guitarra sem distorção feitos com um arco de violino e de taças tibetanas. E é esta secção que faz com que se olhe para todo o registo de forma diferente. É esta secção e a parte final da música que obriga, literalmente, a dar mais uma escutadela ao que ficou para trás. Obrigação que não fica curada apenas com mais uma visita. O EP termina com uma cover dos Unholy, "The Trip Was Infra Green", onde segue uma linha condutora mais tradicional mas igualmente intensa e claustrofóbica.
O nome da banda significa em Etrusco, língua falada pelos povos que habitavam na Tuscânia, "em silêncio" e é irónico como o silêncio parece tomar vida e querer engolir o ouvinte depois destes cinquenta e quatro minutos terminarem. Uma das estreias mais desafiantes deste ano, um EP que sabe a álbum pelo seu impacto, e que será daqueles, ame-se ou odeie-se mas que não permitirá quem quer que seja ficar indiferente. Para apreciadores de doom paquidérmico, doentio e fúnebre. Do pior que o ser humano é capaz de criar. No bom sentido, claro.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
A seguir não melhora, já que "Ixaxaar" tem vinte e dois minutos e os primeiros oito minutos prometem que seja toda no mesmo registo, no entanto, o caos dá lugar a uma secção de sons fantasmagóricos de guitarra sem distorção feitos com um arco de violino e de taças tibetanas. E é esta secção que faz com que se olhe para todo o registo de forma diferente. É esta secção e a parte final da música que obriga, literalmente, a dar mais uma escutadela ao que ficou para trás. Obrigação que não fica curada apenas com mais uma visita. O EP termina com uma cover dos Unholy, "The Trip Was Infra Green", onde segue uma linha condutora mais tradicional mas igualmente intensa e claustrofóbica.
O nome da banda significa em Etrusco, língua falada pelos povos que habitavam na Tuscânia, "em silêncio" e é irónico como o silêncio parece tomar vida e querer engolir o ouvinte depois destes cinquenta e quatro minutos terminarem. Uma das estreias mais desafiantes deste ano, um EP que sabe a álbum pelo seu impacto, e que será daqueles, ame-se ou odeie-se mas que não permitirá quem quer que seja ficar indiferente. Para apreciadores de doom paquidérmico, doentio e fúnebre. Do pior que o ser humano é capaz de criar. No bom sentido, claro.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
