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At The Gates - Tomas Lindberg fala sobre o novo novo álbum


Numa recente entrevista dada à Decibel Magazine, o vocalista da banda sueca At The Gates, Tomas Lindberg, explicou o conceito do próximo álbum, "At War With Reality", previsto para o final deste ano. Aqui fica um excerto dessa entrevista:

Quando questionado sobre o que aconteceu, em relação ao facto dos membros da banda terem mudado de ideias sobre a gravação de um novo álbum, após se terem passado seis anos desde o primeiro anúncio da reunião dos At The Gates, Lindberg respondeu que: "Acho que muita coisa aconteceu mentalmente, quando decidimos continuar em tour. Quando começámos a viajar pelo mundo em 2011. Aquela ideia de sermos uma banda activa, fazermos tours e andarmos juntos, cresceu em nós, acho eu.

"Ter a possibilidade de estar numa banda que não tem quaisquer problemas internos, ter a possibilidade de fazer tours à volta do mundo, juntamente com alguns dos teus melhores amigos, é simplesmente incrível, diria até mesmo alucinante. Portanto, a ideia só cresceu em nós.

"Toco numa banda que reúne alguns dos meus músicos e compositores favoritos, e ainda continuamos com muita fome, criativamente. Acho que pode ouvir isso em todos os nossos outros projectos, que continuam com muita energia e a quebrar barreiras - desde o álbum a solo do Anders [Björler, guitarra], até aos Agrimonia, até ao novo e revigorado alinhamento dos The Haunted, até aos Disfear e Lock Up, até aos Paradise Lost e Vallenfyre. Sentimos que temos dentro de nós música nova e relevante. E sabemos o quão importante será este próximo álbum.

"Quando o Anders apareceu a dizer que tinha estado a trabalhar numas ideias novas, não foi difícil tomar a decisão de "arriscarmos tudo", por assim dizer.

"Sei que é uma espécie de jogo do azar, ou o que lhe queira chamar. Mas este álbum, que estamos a compor neste momento, é muito criativo, não é um "Slaughter Of The Soul Parte 2" acomodado, ou qualquer coisa assim. É um álbum que sinto que desafia os nossos próprios limites, e o nosso intelecto criativo colectivo. E essa é a principal razão para fazermos isto, é para o nosso próprio bem.

"Poderíamos facilmente sair e continuar em tour com o material antigo, e sermos bem sucedidos por algum tempo, acho eu, mas isso seria um risco para nós, e fazemos somente isso, porque sentimos que temos de fazer isso. Este material é muito forte para ser negado."

Tomas Lindberg falou também sobre o facto de não querer viver de acordo com as expectativas das pessoas em relação a gravar outro álbum na senda do "Slaughter Of The Soul":

"Superámos a ideia de gravarmos "Slaughter Of The Soul Parte 2", que nunca foi, na verdade, a ideia que tínhamos para começarmos a gravar. Este é um álbum tão completo conceptualmente e criativamente, tão envolvente e ambicioso que sou quase obrigado a chamá-lo de pretensioso. E isso traz-me de volta a sensação que tivemos, quando estávamos a criar o "With Fear I Kiss The Burning Darkness". Não estou a dizer que este álbum soa como aquele álbum, mas tem aquele desejo ardente, a sensação de importância que o álbum está a tentar retratar.

"Como sempre disse, somos uma banda honesta, uma banda que é muito focada em ser fiel a nós próprios, e nunca acompanhar quaisquer tendências, ou tentar retratar uma determinada percepção daquilo que as pessoas querem que sejamos.

"O que nós decidimos foi realmente deixar a música levar-nos até onde tinha de ir, "arriscarmos tudo", por assim dizer.

"Para responder à sua pergunta, o disco estará repleto de uma série de influências e riffs dos Slayer que é a base do "Slaughter Of The Soul", mas as pessoas também vão reconhecer o lado mais escuro e melódico que constava no "With Fear I Kiss The Burning Darkness", e talvez alguns dos arranjos mais pretensiosos que fizeram parte do início da nossa carreira ".

Por: Bruno Porta Nova - 30 Janeiro 14