É sempre bom quando se tem a possibilidade da estreia discográfica, pelo menos no que diz a álbuns, de uma banda clássica de NWOBHM. Confusos? É simples, os Salem lançaram uma série de demos nos anos oitenta mas nunca foram a lado nenhum. Entretanto uma compilação em 2010 parece ter despertado o interesse na banda (ou talvez o interesse da própria banda) e dois EP se seguiram em 2011 e em 2013 poco antes do lançamento deste "Forgotten Dreams".
Ora, a perspectiva de ter uma banda com trinta anos (ok, com um grande intervalo) a lançar o álbum de estreia faz antever um bocado de naftalina a impestar o ar mas mais uma vez o preconceito revela-se nosso inimigo. É inegável o feeling vintage mas o mesmo joga a favor de "Forgotten Dreams" e não contra. Com uma produção crua, de outros tempos, mas a deixar todos os instrumentos respirarem e brilharem, com uma voz bastante próxima da de "Biff" dos Saxon e as músicas que andam entre o rock da década de setenta - "Kazakafnu" tem um groove e um encanto muito próprios, assim como a "Aftershock"
A mistura entre o hard rock e o heavy metal é perfeita, indo aquele patamar que se desejava que os Def Leppard tivessem ido por alturas do Pyromania. Emoção, talento que traduzidos e espremidos dão em doze canções (talvez um pouco excessivo) que agradarão a todos os amantes do som sagrado da velha guarda, muitos deles que procuram avidamente por som assim, e cada vez há mais deles. Uma grande estreia e mais uma banda britânica repescada, e ainda bem, dos calabouços esquecidos da música.
Ora, a perspectiva de ter uma banda com trinta anos (ok, com um grande intervalo) a lançar o álbum de estreia faz antever um bocado de naftalina a impestar o ar mas mais uma vez o preconceito revela-se nosso inimigo. É inegável o feeling vintage mas o mesmo joga a favor de "Forgotten Dreams" e não contra. Com uma produção crua, de outros tempos, mas a deixar todos os instrumentos respirarem e brilharem, com uma voz bastante próxima da de "Biff" dos Saxon e as músicas que andam entre o rock da década de setenta - "Kazakafnu" tem um groove e um encanto muito próprios, assim como a "Aftershock"
A mistura entre o hard rock e o heavy metal é perfeita, indo aquele patamar que se desejava que os Def Leppard tivessem ido por alturas do Pyromania. Emoção, talento que traduzidos e espremidos dão em doze canções (talvez um pouco excessivo) que agradarão a todos os amantes do som sagrado da velha guarda, muitos deles que procuram avidamente por som assim, e cada vez há mais deles. Uma grande estreia e mais uma banda britânica repescada, e ainda bem, dos calabouços esquecidos da música.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
