About Me

Ingrimm - "Henkt Ihn!" Review


O início de "Engel" faz antever um som arraçado de folk e sabendo que a banda é alemã e que todas as músicas são cantadas na sua língua nativa, mais olhando para as fotos do press-release, fica-se com a ideia que estamos diante de algo como Subway to Sally (o nome de banda mais parvo que possa haver) ou In Extremo. Não fosse a já citada faixa de abertura e essa comparação era mais vincada, mas a verdade é que a banda alemã tenta dar uma no cravo e outra na ferradura. Enquanto exploram a vertente folk, não deixam para trás aquela toada mais metal necessária para fazer abanar o capacete, mas que nem sempre faz sentido com o resto - "Hetzer" é a primeira música a lançar esse aviso, mas existem outras como tais.

O que à primeira vista faz mais confusão é mesmo o trabalho de bateria, demasiadamente digital. Ter uma banda que diz tocar metal medieval e depois ter uma bateria digna de aparecer nas demos dos Fear Factory do "Soul Of A New Machine". Aliás em "Carpe Diem" por exemplo, parece simplesmente uma má cópia de tudo aquilo que aconteceu de errado com as misturas que aconteceram entre música mais maquinal e o metal e depois lá aparece um violino, como que a justificar o título, mas não convence e os breakdowns (ou espécie de) também não são nada bem vindos. É o grande problema deste álbum, não convence. Não convence, de certeza, quem gosta de metal nem convence, muito menos, quem gosta de música medieval.

Desinspirado até na forma como usam os clichês que já estamos fartos de ver usados - mas que quando são bem usados até se vai atrás do engodo. Neste caso, e custa a dizer isto, mas se a bateria fosse diferente, mais acústica, menos digital, talvez até se fosse no engodo. Quando a música se recusa a ter elementos que fiquem gravados na cabeça (salvo algumas excepções, tal como a "Eiskalter Wind") e é inteiramente cantada em alemão, bem, talvez seja algo mais para consumo interno do que propriamente para ouvir fora das fronteiras germânicas. Fraquinho.


Nota: 5/10

Review por Fernando Ferreira