Embora anunciados como metal progressivo, o primeiro nome que surge na mente do ouvinte após ouvir a primeira faixa da estreia "Inward / Outward" é mesmo o dos Tool. É sabido que a banda norte-americana também tem o seu quê de progressivo mas não se pode dizer que seja uma das principais forças a ter em conta no espectro do estilo. Depois de superada a desilusão que este facto poderá provocar nalguns ouvintes, até se consegue apreciar este álbum por aquilo que realmente é, rock/metal alternativo onde as músicas envolvem, hipnotizam e prendem o receptor. Isto quando a coisa corre bem, claro. Aqui, raramente corre mal.
A banda demonstra uma grande maturidade e uma capacidade de fazer músicas que crescem aos poucos, mais confinadas no que diz respeito a tempo (apenas a primeira música ultrapassa os sete minutos) mas mesmo assim com um bom impacto. J.P. Lachapelle tem um timbre que mistura alguns dos tiques de Maynard James Keenan com certas lembranças de Mariusz Duda, vocalista dos Riverside. Instrumentalmente soa tudo perfeito, embora a sombra de Tool também esteja presente. Faixas como "Beast And The Machine" quase que enganam em relação aos seus compositores.
Apesar dos problemas de identidade, este trabalho vai crescendo aos poucos dentro do ouvinte mas dificilmente conseguirá fazer com que se faça esquecer esse grande pormenor. Pede-se mais um pouco de maturação que reflicta largar um pouco mais as influências óbvias aqui presentes e que de futuro exista uma evolução ainda maior do que aquela que houve do EP homónimo para esta estreia. Bom álbum mas é preciso mais.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira
A banda demonstra uma grande maturidade e uma capacidade de fazer músicas que crescem aos poucos, mais confinadas no que diz respeito a tempo (apenas a primeira música ultrapassa os sete minutos) mas mesmo assim com um bom impacto. J.P. Lachapelle tem um timbre que mistura alguns dos tiques de Maynard James Keenan com certas lembranças de Mariusz Duda, vocalista dos Riverside. Instrumentalmente soa tudo perfeito, embora a sombra de Tool também esteja presente. Faixas como "Beast And The Machine" quase que enganam em relação aos seus compositores.
Apesar dos problemas de identidade, este trabalho vai crescendo aos poucos dentro do ouvinte mas dificilmente conseguirá fazer com que se faça esquecer esse grande pormenor. Pede-se mais um pouco de maturação que reflicta largar um pouco mais as influências óbvias aqui presentes e que de futuro exista uma evolução ainda maior do que aquela que houve do EP homónimo para esta estreia. Bom álbum mas é preciso mais.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira
