A Vic Records não aposta só em recuperar os tempos idos com reedições, como foi o caso do tratamento que o primeiro álbum dos Torchure teve direito. Também está de olho atento nos novos valores e como tal aqui está este "Torturer", primeiro longa duração dos suecos Sordid Flesh, lançado nos finais do ano passado. Embora seja o seu primeiro álbum, o som contido nele até se pode encaixar temporalmente no mesmo período em que o mencionado Torchure foi editado originalmente: inícios dos anos noventa.
Death metal old school, sem grandes complicações, mas nem por isso tosco tecnicamente (bons solos e leads de guitarra) é o que se pode esperar destas nove canções, que farão as delícias de todos os deathsters nostálgicos. Há aqui uma certa aura vintage que é palpável e que adensa a atmosfera no sentido certo para o conceito lírico da banda. Sejam nas vocalizações por parte de Fredrik Håf a fazerem lembrar uma mistura entre Atilla dos Mayhem mais bem disposto (como quem diz, perceptível) e Johan Hegg dos Amon Amarth menos versátil, sejam em certos pormenores como a pianada no início de "Rites At The Cemetery" que torna o ambiente ainda mais macabro, o ideal para dar as boas vidas à distorção. Death metal podre não é death metal se não tiver uma faixa à la Celtic Frost e "Torturer" não é excepção. "Gravebitch" faz as honras da casa e mostra que o groove, mesmo que doentio, também combina com o death metal.
Produção poderosa mas cheio de gravilha, tornando esta álbum bem agradável aos ouvidos endurecidos com clássidos do death metal como "Left Hand Path" ou "Soulside Journey". Aliás, estas duas referências são boas para se ficar uma ideia com o que se pode encontrar, não havendo, no entanto, roubo descarado de ideias ou até mesmo identidade dos trabalhos atrás indicados ou de qualquer outro. Uma boa estreia e boa indicação para o futuro. Resta apenas referir que as duas últimas faixas, "Until You Are Dead" e "Rise From The Abyss" pertencem à demo lançada em 2011.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
Death metal old school, sem grandes complicações, mas nem por isso tosco tecnicamente (bons solos e leads de guitarra) é o que se pode esperar destas nove canções, que farão as delícias de todos os deathsters nostálgicos. Há aqui uma certa aura vintage que é palpável e que adensa a atmosfera no sentido certo para o conceito lírico da banda. Sejam nas vocalizações por parte de Fredrik Håf a fazerem lembrar uma mistura entre Atilla dos Mayhem mais bem disposto (como quem diz, perceptível) e Johan Hegg dos Amon Amarth menos versátil, sejam em certos pormenores como a pianada no início de "Rites At The Cemetery" que torna o ambiente ainda mais macabro, o ideal para dar as boas vidas à distorção. Death metal podre não é death metal se não tiver uma faixa à la Celtic Frost e "Torturer" não é excepção. "Gravebitch" faz as honras da casa e mostra que o groove, mesmo que doentio, também combina com o death metal.
Produção poderosa mas cheio de gravilha, tornando esta álbum bem agradável aos ouvidos endurecidos com clássidos do death metal como "Left Hand Path" ou "Soulside Journey". Aliás, estas duas referências são boas para se ficar uma ideia com o que se pode encontrar, não havendo, no entanto, roubo descarado de ideias ou até mesmo identidade dos trabalhos atrás indicados ou de qualquer outro. Uma boa estreia e boa indicação para o futuro. Resta apenas referir que as duas últimas faixas, "Until You Are Dead" e "Rise From The Abyss" pertencem à demo lançada em 2011.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
