Se houver um ataque de preconceito, poderá dizer-se que estes Sparta viram o filme "300" demasiadas vezes. Não só pelo nome mas também pelo sample do filme que se pode ouvir no início do tema título, o tema de abertura. Na verdade, tal afirmação ainda que lógica é injusta já que o colectivo britânico já existe desde 79, lançou um single em 80, outro em 81, mais um split. A banda desmantelou-se em 90, sem mais actividade de estúdio, até voltar no presente ano depois de duas compilações lançadas em 2006 e 2011. Ou seja, já cá andam por muito tempo e acordaram (ou foram acordados) depois de um longo sono.
Como tudo é um negócio e quando indicações demais desse facto surgem é de ficar desconfiado da honestidade ou validade da estreia do álbum de estreia trinta e cinco anos após a sua criação. É inegável o encanto vintage que estes nove temas emanam, um certo cheirinho próprio dos primórdios dos Def Leppard adicionando um pouco de Witchfinder General e com outras semelhanças com aquilo que esteve na base do movimento NWOBHM. O principal problema que pode surgir aqui é mesmo este álbum ter surgido trinta e cinco anos tarde demais. Nunca é tarde demais mas... há uma certa ingenuidade que não fica tão bem em bandas veteranas, mesmo ao primeiro álbum. Depois títulos como "Welcome To Hell", "Angel Of Death" e "Soldier Of Fortune" que são clássicos absolutos do hard'n'heavy, até podem levar ao engano a pensar que se trata de um álbum de covers.
A conclusão que se chega ao ouvir o álbum, é que a banda não está minimamente preocupada. Debitam malha atrás de malha, com um entusiasmo quase juvenil, com um som que parece que é fruto de um qualquer estúdio inglês do início da década de oitenta, pouco importando se é cliché ou se não. De certeza de que vai agradar a todos da velha guardar - agradar e enganar já que isto parece mesmo que foi gravado em 1980. Todos os outros provavelmente não o vão receber com o mesmo entusiasmo, o que até é compreensível. A grande arma é a nostalgia mas é de curto alcance e impacto reduzido. De qualquer forma, bom álbum de heavy metal clássico onde se destaca principalmente o trabalho da guitarra solo.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira
Como tudo é um negócio e quando indicações demais desse facto surgem é de ficar desconfiado da honestidade ou validade da estreia do álbum de estreia trinta e cinco anos após a sua criação. É inegável o encanto vintage que estes nove temas emanam, um certo cheirinho próprio dos primórdios dos Def Leppard adicionando um pouco de Witchfinder General e com outras semelhanças com aquilo que esteve na base do movimento NWOBHM. O principal problema que pode surgir aqui é mesmo este álbum ter surgido trinta e cinco anos tarde demais. Nunca é tarde demais mas... há uma certa ingenuidade que não fica tão bem em bandas veteranas, mesmo ao primeiro álbum. Depois títulos como "Welcome To Hell", "Angel Of Death" e "Soldier Of Fortune" que são clássicos absolutos do hard'n'heavy, até podem levar ao engano a pensar que se trata de um álbum de covers.
A conclusão que se chega ao ouvir o álbum, é que a banda não está minimamente preocupada. Debitam malha atrás de malha, com um entusiasmo quase juvenil, com um som que parece que é fruto de um qualquer estúdio inglês do início da década de oitenta, pouco importando se é cliché ou se não. De certeza de que vai agradar a todos da velha guardar - agradar e enganar já que isto parece mesmo que foi gravado em 1980. Todos os outros provavelmente não o vão receber com o mesmo entusiasmo, o que até é compreensível. A grande arma é a nostalgia mas é de curto alcance e impacto reduzido. De qualquer forma, bom álbum de heavy metal clássico onde se destaca principalmente o trabalho da guitarra solo.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira
