Segundo álbum da one man band Agael alemã, cujo mastermind é... Agael, músico responsável por todas as composições e por tudo o que se pode ouvir aqui. E o que é que se pode ouvir? Black metal ambiental e etéreo cantado em alemão sobre todos os malefícios da sociedade moderna no ser humano, bastante neste tipo de sonoridade. Claro que essa mensagem não é propriamente o principal do trabalho. Quer dizer, deverá ser para o seu mentor mas não será o principal objectivo pregar sermão já que se assim fosse teria optado pelas letras em inglês.
Estilisticamente, "Trost" toca em todas as teclas correctas, para agradar a muitos dos vários ouvintes alvo. Desde o ambient, o qual consegue ser sóbrio o suficiente para usar pads e sintetizadores que não sofram demasiado do síndrome MIDI, que se encaixe de forma perfeita com os restantes instrumentos sem monompolizar e tornar o som demasiado... aborrecido. A medida em que a distorção aparece é perfeita tornando o conjunto muito agradável. Claro que a distorção poderia ser mais poderosa, surgindo aqui com um som demasiado reciclado de demo-tape. Os puristas dirão que é o som perfeito mas a teoria de que o que soa mal é que é bom nem sempre cola - admitindo que existem gravações com gravações caricatas que têm uma atmosfera única. Não é o caso de "Trost".
Alternando entre o som mais etéreo e o black metal depressivo, este segundo álbum tem qualidades inegáveis na forma como está construído mas há algo nele, talvez na sua produção que faz com que a certa altura se comece a tornar algo aborrecido. Muita dinâmica na construção das músicas mas essa dinâmica acaba por não estar presente no álbum que parece morrer aos poucos, dando a sensação de que quarenta e nove minutos é, talvez, excessivo. Todas as músicas têm momentos de beleza ímpar mas esse impacto ainda não chega a ocupar uma música inteira. Destaque para a "Weltenschrei", "Menschensohn" e a instrumental "Nichtkonstanten". Um bom segundo álbum que confirma a indicação de que está aqui um bom projecto de black metal atmosférico.
Nota: 6.9/10
Review por Fernando Ferreira
Estilisticamente, "Trost" toca em todas as teclas correctas, para agradar a muitos dos vários ouvintes alvo. Desde o ambient, o qual consegue ser sóbrio o suficiente para usar pads e sintetizadores que não sofram demasiado do síndrome MIDI, que se encaixe de forma perfeita com os restantes instrumentos sem monompolizar e tornar o som demasiado... aborrecido. A medida em que a distorção aparece é perfeita tornando o conjunto muito agradável. Claro que a distorção poderia ser mais poderosa, surgindo aqui com um som demasiado reciclado de demo-tape. Os puristas dirão que é o som perfeito mas a teoria de que o que soa mal é que é bom nem sempre cola - admitindo que existem gravações com gravações caricatas que têm uma atmosfera única. Não é o caso de "Trost".
Alternando entre o som mais etéreo e o black metal depressivo, este segundo álbum tem qualidades inegáveis na forma como está construído mas há algo nele, talvez na sua produção que faz com que a certa altura se comece a tornar algo aborrecido. Muita dinâmica na construção das músicas mas essa dinâmica acaba por não estar presente no álbum que parece morrer aos poucos, dando a sensação de que quarenta e nove minutos é, talvez, excessivo. Todas as músicas têm momentos de beleza ímpar mas esse impacto ainda não chega a ocupar uma música inteira. Destaque para a "Weltenschrei", "Menschensohn" e a instrumental "Nichtkonstanten". Um bom segundo álbum que confirma a indicação de que está aqui um bom projecto de black metal atmosférico.
Nota: 6.9/10
Review por Fernando Ferreira
