Uma boa forma de resumir os D'Accord, neste terceiro álbum, como o próprio álbum indica, seria uma mistura entre Deep Purple antigo com Camel, Jethro Tull e acima de tudo... Genesis. O som é tão Genesis que até se olha duas vezes para o álbum para se certificar de que não houve engano. Som rock progressivo clássico - não só a nível de composição mas principalmente a nível de produção. Tão retro, tão retro que até mesmo a editora deverá pensar de que se trata de algum material inédito por parte de uma colaboração entre os membros da banda atrás mencionadas.
Com um feeling mais acessível em relação ao álbum anterior, "Helike", um trabalho conceptual e algo difícil de interiorizar, este "D'Accord III" também não facilita na medita em que o som é extremamente clássico. Apenas os fãs de puro rock progressivo dos anos setenta vão conseguir apreciar o que se passa aqui, todos os outros, os curiosos, poderão ficar logo de pé atrás com o início de "These Last Todays", o épico de dez minutos que abre o álbum. Ao mesmo tempo, apesar do feeling e som retro, soa fresco, o que é um paradoxo intrigante e algo viciante. Soa fresco e novo, apesar das constantes comparações da banda norueguesa com todas as outras clássicas já referidas.
É de admirar a coragem da banda em fazer em atirar-se de cabeça para um álbum assim, a soar totalmente analógico, algo que a banda procurou - e conseguiu encontrar. A honestidade com que esta hora de (boa) música brinda o ouvinte é desarmante e mesmo a questão da originalidade cai por terra quando a música soa tão válida, tão verdadeira. É ajudada por evocar uma época em que grande parte da música tinha esse dom, mas há aqui realmente muito talento e uma banda que todos aqueles que gostam de outros tempos não poderão perder. Um grande álbum de rock progressivo clássico.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Com um feeling mais acessível em relação ao álbum anterior, "Helike", um trabalho conceptual e algo difícil de interiorizar, este "D'Accord III" também não facilita na medita em que o som é extremamente clássico. Apenas os fãs de puro rock progressivo dos anos setenta vão conseguir apreciar o que se passa aqui, todos os outros, os curiosos, poderão ficar logo de pé atrás com o início de "These Last Todays", o épico de dez minutos que abre o álbum. Ao mesmo tempo, apesar do feeling e som retro, soa fresco, o que é um paradoxo intrigante e algo viciante. Soa fresco e novo, apesar das constantes comparações da banda norueguesa com todas as outras clássicas já referidas.
É de admirar a coragem da banda em fazer em atirar-se de cabeça para um álbum assim, a soar totalmente analógico, algo que a banda procurou - e conseguiu encontrar. A honestidade com que esta hora de (boa) música brinda o ouvinte é desarmante e mesmo a questão da originalidade cai por terra quando a música soa tão válida, tão verdadeira. É ajudada por evocar uma época em que grande parte da música tinha esse dom, mas há aqui realmente muito talento e uma banda que todos aqueles que gostam de outros tempos não poderão perder. Um grande álbum de rock progressivo clássico.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
