Este é um álbum surpreendente. Para já foi feito durante quatro anos e subsidiado pelo emprego em part-time da sua criadora. Usando na composição apenas sintetizadores e samples manipulados, totalmente irreconhecíveis, Vantzou também contou com a colaboração de Minna Choi da orquestra Magik de São Francisco, acabando por registar o trabalho com uma pequena orquestra de quinze membros, tendo passado ainda quatro meses na pré-mistura, antes de Adam Wiltzie intervir no processo.
Este é um trabalho assombroso nos ambientes que evoca, nas imagens que cria na mente do ouvinte. É o poder que uma banda sonora tem no cinema quando se está a ver um filme, a questão é que aqui o filme somos nós que o fazemos à medida que vamos ouvinte. São onze temas que desaparecem num instante - pouco mais de meia hora de música - mas que apenas faz com que se queira voltar a ele vezes e vezes sem conta. Talvez não seja o mais indicado para o comum apreciador de metal já que de metal isto não tem nada, mas é possível aqui ter pontos em comum com aquilo que muitas das bandas, dentro do especto pesado, procuram. O principal é o efeito de absorver o ouvinte para dentro de si, para dentro de um mundo à parte, um mundo dentro de nós. Encontrar pedaços de nós (ou um grande pedaço de nós) em algo no exterior é algo que 80% da música comercial não consegue atingir hoje em dia.
Basicamente um pedaço de excelência. Pedaço porque, mais uma vez relembro, é pequeno de uma forma criminosa. Este trabalho deveria ter duas horas ou mais. Talvez assim não tivesse impacto, talvez assim a sua excelência fosse de alguma forma desvirtuada. "Vancouver Island Quartet" é de uma beleza arrebatadora assim como "Anna Mae", a faixa de abertura, já prometia que se ia encontrar beleza ímpar ao longo deste "No2". Beleza arrebatadora. Pode não ter nada a ver com metal mas de certeza de que existirão muitos metaleiros rendidos ao poder sinfónico de "No2", principalmente aqueles que gostam de ter bandas sonoras dos seus próprios filmes.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
Este é um trabalho assombroso nos ambientes que evoca, nas imagens que cria na mente do ouvinte. É o poder que uma banda sonora tem no cinema quando se está a ver um filme, a questão é que aqui o filme somos nós que o fazemos à medida que vamos ouvinte. São onze temas que desaparecem num instante - pouco mais de meia hora de música - mas que apenas faz com que se queira voltar a ele vezes e vezes sem conta. Talvez não seja o mais indicado para o comum apreciador de metal já que de metal isto não tem nada, mas é possível aqui ter pontos em comum com aquilo que muitas das bandas, dentro do especto pesado, procuram. O principal é o efeito de absorver o ouvinte para dentro de si, para dentro de um mundo à parte, um mundo dentro de nós. Encontrar pedaços de nós (ou um grande pedaço de nós) em algo no exterior é algo que 80% da música comercial não consegue atingir hoje em dia.
Basicamente um pedaço de excelência. Pedaço porque, mais uma vez relembro, é pequeno de uma forma criminosa. Este trabalho deveria ter duas horas ou mais. Talvez assim não tivesse impacto, talvez assim a sua excelência fosse de alguma forma desvirtuada. "Vancouver Island Quartet" é de uma beleza arrebatadora assim como "Anna Mae", a faixa de abertura, já prometia que se ia encontrar beleza ímpar ao longo deste "No2". Beleza arrebatadora. Pode não ter nada a ver com metal mas de certeza de que existirão muitos metaleiros rendidos ao poder sinfónico de "No2", principalmente aqueles que gostam de ter bandas sonoras dos seus próprios filmes.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
