Para quem acha que da Austrália só vem cangurus e crocodilos, vai ficar surpreendido com este segundo álbum dos Erebus Enthroned. Black metal frio e odioso que tem mais ar de vir da escandinávia do que propriamente do maior país do mundo. Black metal frio e odioso que começa a fazer estragos logo com o épico de dez minutos, "Sorathic Pentecost", que abre as hostilidades deste "Temple Under Hell" e é o que se tem durante todas as outras seis faixas. A produção favorece em muito este trabalho sendo brutal e poderosa mas não propriamente estéril. O lado orgânico da coisa foi bem conservado, principalmente no que diz respeito à bateria, que está com uma qualidade esmagadora.
A banda opta mais vezes por um som mais compassado e triturador do que o pé no pedal a tempo inteiro, criando dinâmicas que fazem com que as músicas, cada uma delas, e o álbum por inteiro seja bem mais interessante do que seria se usassem sempre a mesma abordagem, sempre o mesmo tempo. É um daqueles casos em que ouvindo vezes sem conta, acaba-se por reparar em pormenores diferentes. Cada audição além de pô a nu estes detalhes, também intensifica o ambiente que o trabalho tem. São as suas grandes mais valias porque tanto no género em si, como neste estilo particular do black metal (uma espécie de mistura entre Mayhem, Throne Of Ahaz e Enthroned), já poucas novidades têm para oferecer. E se aparecer algo de novo, já não será bem isto, mas um "pós" qualquer coisa.
Apresentar um álbum dentro do estilo enunciado só poderá resultar se houver músicas que façam a diferença e este álbum tem sete delas, com fortes dinâmicas mas todas tingidas a um negro bem pronunciado. É sem dúvida o álbum indicado para os amantes das artes negras, conseguindo uma qualidade bem acima da média e difícil de não se viciar, isto sem trazer nada de novo, nada que reinvente o estilo. Tal não é necessário quando o resultado final é bom.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
A banda opta mais vezes por um som mais compassado e triturador do que o pé no pedal a tempo inteiro, criando dinâmicas que fazem com que as músicas, cada uma delas, e o álbum por inteiro seja bem mais interessante do que seria se usassem sempre a mesma abordagem, sempre o mesmo tempo. É um daqueles casos em que ouvindo vezes sem conta, acaba-se por reparar em pormenores diferentes. Cada audição além de pô a nu estes detalhes, também intensifica o ambiente que o trabalho tem. São as suas grandes mais valias porque tanto no género em si, como neste estilo particular do black metal (uma espécie de mistura entre Mayhem, Throne Of Ahaz e Enthroned), já poucas novidades têm para oferecer. E se aparecer algo de novo, já não será bem isto, mas um "pós" qualquer coisa.
Apresentar um álbum dentro do estilo enunciado só poderá resultar se houver músicas que façam a diferença e este álbum tem sete delas, com fortes dinâmicas mas todas tingidas a um negro bem pronunciado. É sem dúvida o álbum indicado para os amantes das artes negras, conseguindo uma qualidade bem acima da média e difícil de não se viciar, isto sem trazer nada de novo, nada que reinvente o estilo. Tal não é necessário quando o resultado final é bom.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
