Israel sempre se notabilizou pelo seu factor exótico, sendo que o maior exemplo são mesmo os Orphaned Land. Tendo isso em mente, até se pode ficar surpreendido com "Reflections", o álbum de estreia dos isrealitas Ferium. Surpreendidos porque eles tocam um death metal moderno que poderia vir de qualquer outra parte do mundo. Quando se fala em death metal moderno, é impossível não pensar em algo como metalcore e existem aqui algumas referências ao género mas de uma forma subtil e até saudável, ou seja, não se tem muitos breakdowns e não há fórmula esgotada de intercalar voz limpa com voz gutural/agressiva.
Este é o principal ponto de vantagem dos Ferium perante toda a sua concorrência, a honestidade que emana do seu som. Honestidade que também vem em forma de energia crua mas ao mesmo tempo revelando espaço para a melodia - a instrumental "The Black Eyes" tem um efeito muito bom a meio do álbum, mostrando que o talento destes rapazes isrealitas não se limita à brutalidade de malhões como "By The Book" ou "Lust Fool". É certo que ainda existem aqui poucas coisas que os façam sobressair do resto da multidão, mas só a intenção de não fazer aquilo que é mais fácil, ajuda, e em muito, a percorrer esse caminho.
É um misto de emoções. Por um lado, uma confiança e som que fazem com que soem a veteranos, por outro lado, falta aqui aquele elemento que faça cair o queixo e perguntar para o lado "o que raio é isto?!" Não seria exigido tanto do seu álbum de estreia e com as impressões aqui deixadas, o que fica é mesmo um trabalho competente de death metal moderno, que não comete os erros de todos aqueles que tocam moderno, e que conseguem realmente soar como uma boa e válida proposta. Há muito espaço para progressão e será sem dúvida uma banda a ter em conta no futuro.
Nota: 7.8/10
Review por Fernando Ferreira
Este é o principal ponto de vantagem dos Ferium perante toda a sua concorrência, a honestidade que emana do seu som. Honestidade que também vem em forma de energia crua mas ao mesmo tempo revelando espaço para a melodia - a instrumental "The Black Eyes" tem um efeito muito bom a meio do álbum, mostrando que o talento destes rapazes isrealitas não se limita à brutalidade de malhões como "By The Book" ou "Lust Fool". É certo que ainda existem aqui poucas coisas que os façam sobressair do resto da multidão, mas só a intenção de não fazer aquilo que é mais fácil, ajuda, e em muito, a percorrer esse caminho.
É um misto de emoções. Por um lado, uma confiança e som que fazem com que soem a veteranos, por outro lado, falta aqui aquele elemento que faça cair o queixo e perguntar para o lado "o que raio é isto?!" Não seria exigido tanto do seu álbum de estreia e com as impressões aqui deixadas, o que fica é mesmo um trabalho competente de death metal moderno, que não comete os erros de todos aqueles que tocam moderno, e que conseguem realmente soar como uma boa e válida proposta. Há muito espaço para progressão e será sem dúvida uma banda a ter em conta no futuro.
Nota: 7.8/10
Review por Fernando Ferreira
