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Gloryful - "Ocean Blade" Review


Segundo álbum dos alemães Gloryful, portadores de um heavy metal poderoso e moderno, com uns certos toques de power metal americano. "Hiring The Dead" não engana e é no poder que o colectivo aposta para conquistar fãs, num tema feito para tocar em cima de um palco. A banda demonstra todo o seu entusiasmo no seu regresso apenas um ano após o seu álbum de estreia ter sido lançado. Não se pode dizer que existam muitas diferenças entre este trabalho e "The Warrior's Code" mas a verdade é que entusiasmo há a rodos por aqui e quando assim é, o que interessa inventar o que ainda não foi inventado.

Heavy metal puro e duro, sem invenções, é o que se tem aqui. A diferença está no simples facto em que a banda, apesar de não reinventar a roda, concentra o seu espírito criativo em fazer grandes músicas de heavy metal. Impossível será ouvir um tema como "E Mare E Libertad" e não ficar entusiasmado. Ou no tema título, fazer air guitar ao som do solo de guitarra ou gritar de punho cerrado no ar o refrão. Tudo coisas involuntárias resultado de músicas feitas com paixão que despertam essa mesma paixão nos ouvintes que percebem a linguagem do heavy metal. Comparando com bandas clássicas... dá vontade de espetar um tema como "The Masters Hands" nos ouvidos e dizer ou gritar "assim é que faz"!

O álbum acaba por não ter o mesmo fulgor que alguns dos primeiros sugerem mas os níveis energéticos nunca chegam a baixar para a mediania. Até "Black Legacy", que é uma balada meio folk, resulta na perfeição. Tudo bate certo aqui, tudo vive e respira vitalidade. Talvez com o tempo a coisa mude, talvez a produção demasiado moderna faça com que este álbum não envelheça tão bem, mas a verdade é que "Ocean Blade" convence imediatamente o amante de heavy metal, sem grande esforço. Esse entusiasmo permanece após diversas audições e fica a certeza de que os Gloryful são cada vez mais uma confirmação e menos uma revelação. Grande álbum!


Nota: 8.6/10

Review por Fernando Ferreira