Já deve ter sido dito muitas vezes mas enquanto se continuar a sentir isto, deve ser repetido até à exaustão: grandes tempos para a música que se vivem actualmente. É verdade que em termos económicos as coisas nunca estiveram pior, mas isso só fez com que as bandas (e as editoras que acreditam nelas mais do que estão interessadas em chulá-las) tentassem arranjar novas formas de sobreviverem. É a lei da selva aplicada ao mundo musical. São bons tempos porquê? Porque para além de ter muita oferta, existem bandas que simplesmente nos fazem viajar e os Gunpowder Gray são uma dessas bandas.
Não, não tocam rock psicadélico, nem progressivo nem stoner nem nada que induza viagens astrais. Na verdade, as viagens aqui contidas são de nostalgia, viagens no tempo para dias em que bastava um baixo, uma ou duas guitarras, bateria e voz com atitude para se ter bons momentos e bater o pé e a abanar a cabeça. É o dom dos norte-americanos Gunpowder Gray, que apesar do nome esquisito, rockam como tudo neste seu EP auto-intitulado e que inaugura a sua discografia. São vinte e seis minutos de puro hard rock, cheio de swing e groove, solos com fartura com raça, alma e feeling, que obrigam a ouvir vez após vez.
É banda para colocar muito bar em fogo, tal não é a energia rockeira que emana daqui. Se há um ponto menos bom, talvez seja mesmo a voz cujo registo acaba por cansar (esforçando-se demasiado para soar ao Axl Rose nos bons tempos), embora tecnicamente seja adequada ao género. Independentemente disso, este é um EP obrigatório conhecer, que ainda por cima está disponível para stream na sua página do bandcamp. Rock on!
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
Não, não tocam rock psicadélico, nem progressivo nem stoner nem nada que induza viagens astrais. Na verdade, as viagens aqui contidas são de nostalgia, viagens no tempo para dias em que bastava um baixo, uma ou duas guitarras, bateria e voz com atitude para se ter bons momentos e bater o pé e a abanar a cabeça. É o dom dos norte-americanos Gunpowder Gray, que apesar do nome esquisito, rockam como tudo neste seu EP auto-intitulado e que inaugura a sua discografia. São vinte e seis minutos de puro hard rock, cheio de swing e groove, solos com fartura com raça, alma e feeling, que obrigam a ouvir vez após vez.
É banda para colocar muito bar em fogo, tal não é a energia rockeira que emana daqui. Se há um ponto menos bom, talvez seja mesmo a voz cujo registo acaba por cansar (esforçando-se demasiado para soar ao Axl Rose nos bons tempos), embora tecnicamente seja adequada ao género. Independentemente disso, este é um EP obrigatório conhecer, que ainda por cima está disponível para stream na sua página do bandcamp. Rock on!
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
