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Shadow Host - "Apocalyptic Symphony" Review


Há um certo gozo em desbravar por terreno incerto. É certo que por vezes se apanha muita coisa desencorajadora mas noutras é-se brindado por autênticas bombas como este quinto álbum (!) dos russos Shadow Host, banda que já tem mais de vinte anos (!!) e que no final do ano passado lançou o seu quinto álbum, este "Apocalyptic Symphony" que é porrada thrash como mandam as regras old school, daquela que dá gosto de levar e à qual o corpo reage como abanando frenéticamente a cabeça. Do início ao fim, não há um momento fraco, sendo que são quarenta e cinco minutos de perfeição thrash.

Talvez não se vá tão longe como o press release, que diz que se sentem influências de bandas como Testament, Forbidden, Artillery, Evile e Blind Guardian. Os nomes, embora enormes, não fazem jus à identidade dos russos que é clara e palpável. Claro que a roda não foi reinventada e  que o que está aqui já foi feito quinhentas mil vezes no passado, a questão nem é essa. A questão é mesmo que os russos pegaram em algo que já foi feito antes, acrescentaram-lhe o seu toque e a sua paixão e o resultado foi avassalador. Poderá ser um exagero, mas este álbum não tem um momento mau, não tem um momento para descanso - isto contando com a penúltima faixa, a espécie de power ballad, "Seeds Of Sorrow".

É o álbum que gostaríamos que os Metallica ou Megadeth tivessem lançado, não que faça lembrar estas duas bandas especificamente mas porque transmite a mesma sensação que se teve ao ouvir "Master Of Puppets", "Rust In Piece" ou até mesmo "Reign In Blood" ou "Persistence Of Time". Não há uma faixa fraca, não há fillers, apenas thrash metal de qualidade, feito para ser tocado em cima de um qualquer palco com o público ao rubro. A banda ainda se gaba de ter conseguido este som sem samples, sem efeitos de teclado ou toques digitais no som das guitarras, que está com um som brutal, aliás, a produção de uma forma geral está com um som esmagador. Sem dúvida, uma das grandes surpresas de 2013 que nunca é tarde para descobrir. THRASH!

 
Nota: 9.5/10

Review por Fernando Ferreira