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Winter Of Sin - "Violence Reigns Supreme" Review


O black metal que tem tanto de bruto como de melódico dos holandeses Winter Of Sin está de volta para o quarto assalto depois de um interregno já algo prolongado, de seis anos. A explosão furiosa que é "Astral Death Reign Algorithm" mete logo em sentido todos aqueles que possam (ou queiram) estar concentrados noutras coisas. O que salta logo ao ouvido é a forma como os teclados estão bem discretos enquanto as guitarras assumem todas as responsabilidades de estarem no centro das atenções. No que à voz diz respeito, até se está mais perto do tom gutural do death metal do que propriamente da voz mais rasgada do black metal melódico mas são mesmo as guitarras que fazem a diferença.

A banda aqui surge com uma vitalidade renovada, talvez fruto da nova line-up, onde se destaca a voz de Henri Sattler (também nos Soulburn), nitidamente mais agressiva do que a do seu antecessor assim como o trabalho de bateria Michiel Plicth (ex-God Dethroned e Prostitute Disfigurement) que sem dúvida fazem toda a diferença no que diz respeito à agressividade e pujança deste trabalho. É uma tarefa complicada destacar uma faixa já que todas estão todas ao mesmo nível, e até um pequeno interlúdio na forma de "Virus" encaixa de forma perfeita, já que surge no início da segunda metade do álbum e é o tempo ideal para respirar um pouco antes da segunda leva de brutalidade musical.

É um álbum coeso de uma banda que se mostra coesa e sobretudo revitalizada. Este novo caminho revela-se bem mais excitante do que aquele que ficou para trás. É um trabalho que promete muitas coisas boas para o futuro e que no que ao black metal melódico diz respeito, sobe a fasquia mais um pouco, fruto também de algumas influências death metal que se misturam bem na fórmula e tornam-na bem mais interessante. Isto sem esquecer a parte melódica e quase épica (aqueles riffs e leads da "Inheritors Of Pain" são uma coisa do outro mundo). Para ouvir uma vez e ficar completamente agarrado, um grande trabalho.


Nota: 8.2/10
 
Review por Fernando Ferreira