Já nem adianta contar os anos que os Mayhem demoram entre lançamentos de álbuns. São os Mayhem e eles fazem o que querem e já ninguém questiona isso e é um pouco a declaração deste álbum. Aliás, tem sido essa mesma declaração, continuamente apresentada de forma diferente a cada álbum lançado, desde o "Grand Declaration Of War". Muito mudou desde essa altura. O Maniac já lá não está e a principal força motriz criativa da banda, Blasphemer, também não. Se normalmente há uma grande expectativa já que a banda não é muito profíqua, com a saída de Blasphemer, essas expectativas dispararam como a compra de ouro no tempo de crise.
Não há razão para as mesmas. Na verdade, se quem esperava que com a entrada de Teloch, houvesse uma revolução sónica no som dos Mayhem, então "Esoteric Warfare" será uma desilusão. No entanto, quem também esperava que se voltassem aos tempos de "De Mysteriis Dom Sathanas", além de ser extremamente ingénuo, vai ficar profundamente desiludido. "Esoteric Warfare" soa à continuação lógica de "Ordo Ad Chao", como se tivesse sido lançado no ano seguinte. E mesmo assim, consegue ir um pouco mais à frente, um passo em frente, por muito tímido que seja. Caótico e dissonante mas ao mesmo tempo mais melódico (de uma forma macabra, mas mesmo assim... melódico).
O paradoxo com que a faixa de abertura, "Watchers" e o single de avanço, "Psywar" nos deixam é simples mas ao mesmo tempo complexo. A banda soa mais focada na sua forma de dispersar. Optou pela conformidade da sua inconformidade. Por outras palavras, não é o álbum surpreendente que os anteriores e a mudança de formação prometeu. É o álbum que segue essa linha, identidade, criada. Nem mesmo faixas como a "MILAB" e "VI Sec", assumidamente fora da caixa, conseguem surpreender para quem os acompanhou durante os treze anos que esteve na banda. Talvez os Mayhem tenham chegado neste álbum a um beco estílistico, mas também... não parece que estejam muito preocupados com isso. Afinal...
São os Mayhem.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
Não há razão para as mesmas. Na verdade, se quem esperava que com a entrada de Teloch, houvesse uma revolução sónica no som dos Mayhem, então "Esoteric Warfare" será uma desilusão. No entanto, quem também esperava que se voltassem aos tempos de "De Mysteriis Dom Sathanas", além de ser extremamente ingénuo, vai ficar profundamente desiludido. "Esoteric Warfare" soa à continuação lógica de "Ordo Ad Chao", como se tivesse sido lançado no ano seguinte. E mesmo assim, consegue ir um pouco mais à frente, um passo em frente, por muito tímido que seja. Caótico e dissonante mas ao mesmo tempo mais melódico (de uma forma macabra, mas mesmo assim... melódico).
O paradoxo com que a faixa de abertura, "Watchers" e o single de avanço, "Psywar" nos deixam é simples mas ao mesmo tempo complexo. A banda soa mais focada na sua forma de dispersar. Optou pela conformidade da sua inconformidade. Por outras palavras, não é o álbum surpreendente que os anteriores e a mudança de formação prometeu. É o álbum que segue essa linha, identidade, criada. Nem mesmo faixas como a "MILAB" e "VI Sec", assumidamente fora da caixa, conseguem surpreender para quem os acompanhou durante os treze anos que esteve na banda. Talvez os Mayhem tenham chegado neste álbum a um beco estílistico, mas também... não parece que estejam muito preocupados com isso. Afinal...
São os Mayhem.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
