Relançamento em vinil do primeiro álbum dos Wardruna, aquele que revelou ao mundo este projecto de folk ambiental de Einar Kvitrafn Selvik, mais conhecido pelo seu trabalho de bateria em bandas como Gorgoroth e Sahg. Primeira parte de uma trilogia sobre as vinte e quatro runas lançado originalmente em 2009 (o segundo álbum foi lançado o ano passado) e que tem um ambiente que impressiona pela forma como envolve o ouvinte, como se de bruma se tratasse, a caminhar implacavelmente e engolindo tudo no seu caminho.
Seja pela quantidade de instrumentos acústicos usados, que fazem parte da tradição nórdica, seja pelo próprio carácter ritualista, seja pelo simples facto de muitas destas faixas terem sido feitas na própria natureza e tendo com isso arrecadado todo um ambiente único, difícil de recriar, estas doze faixas são uma faixa ao interior de cada um de nós. Onde está o contacto, que muitos julgam perdido, outros nem sequer conhecem a sua existência, entre o homem e a natureza.
É um álbum de folk que esmaga todos os outros. É esta a essência cultural, viva, verdadeira e punjante que faz com que este trabalho seja um dos melhores que o género viu nos últimos anos. Uma faixa como "Bjarkan" é daquelas que faz pensar em Dead Can Dance (eterna referência neste tipo de som), mas que mesmo assim, traz uma atmosfera e identidade próprias. Comparando com álbum que saiu o ano passado, é sem dúvida superior, mas não retira a curiosidade e ansiedade para o terceiro e capítulo final da anunciada trilogia. Pelo contrário. Para os amantes do folk, do vinil e, porque não, da música em geral, esta reedição é imperdível.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
Seja pela quantidade de instrumentos acústicos usados, que fazem parte da tradição nórdica, seja pelo próprio carácter ritualista, seja pelo simples facto de muitas destas faixas terem sido feitas na própria natureza e tendo com isso arrecadado todo um ambiente único, difícil de recriar, estas doze faixas são uma faixa ao interior de cada um de nós. Onde está o contacto, que muitos julgam perdido, outros nem sequer conhecem a sua existência, entre o homem e a natureza.
É um álbum de folk que esmaga todos os outros. É esta a essência cultural, viva, verdadeira e punjante que faz com que este trabalho seja um dos melhores que o género viu nos últimos anos. Uma faixa como "Bjarkan" é daquelas que faz pensar em Dead Can Dance (eterna referência neste tipo de som), mas que mesmo assim, traz uma atmosfera e identidade próprias. Comparando com álbum que saiu o ano passado, é sem dúvida superior, mas não retira a curiosidade e ansiedade para o terceiro e capítulo final da anunciada trilogia. Pelo contrário. Para os amantes do folk, do vinil e, porque não, da música em geral, esta reedição é imperdível.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
