Há algo no black metal atmosférico que é difícil de definir e mais difícil de definir o estilo, é difícil perceber a razão de como consegue criar, quando bem feito, uma aura de interesse tão grande. Será a velha dicotomia entre o belo e o feio, entre o acessível e o inacesssível? Entre a sensação de claustrofobia hermética que é própria do black metal ou a sensação de liberdade viajante que o ambiente pode provocar? Poderá ser algo polémico desde que o termo black metal esteja lá pelo meio mas no final de tudo, o que interessa é mesmo a música.
Janvs é um projecto italiano que consegue juntar estes dois mundos, não na perfeição mas de uma forma com qualidade acima da média. Após seis anos de ausência desde o último álbum, o trio está de volta com a regravação e reinterpretação de alguns dos temas que compuseram a sua demo, lançada com o mesmo nome dez anos atrás. Algo que poderia assumir-se como enche chouriços para dar algo ao povo para ele se entreter enquanto não sai nada de novo por falta de tempo e/ou criatividade, acaba por ser um trabalho surpreendentemente viciante, tanto para quem conhece a banda como para quem não a conhece ou até mesmo para quem nunca ouviu a demo original.
O trabalho soa totalmente a novo e tem uma aura irresistível que acaba por ter apenas um defeito: é curto demais. Uma ausência de seis anos não é facilmente colmatada com quatro faixas regravadas e reinterpretadas de forma brilhante, nem com uma cover dos Enslaved, brutal, com a participação do próprio Ivar Bjørnson tira o sentimento de que isto sabe muito a pouco. Na verdade, tudo isto apenas aumenta essa sensação. Talvez sirva para motivar a banda a voltar de vez com mais um álbum de originais. Se assim for e se o próximo trabalho vier na onda do que se pode ouvir aqui, então, vamos ter um grande álbum!
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Janvs é um projecto italiano que consegue juntar estes dois mundos, não na perfeição mas de uma forma com qualidade acima da média. Após seis anos de ausência desde o último álbum, o trio está de volta com a regravação e reinterpretação de alguns dos temas que compuseram a sua demo, lançada com o mesmo nome dez anos atrás. Algo que poderia assumir-se como enche chouriços para dar algo ao povo para ele se entreter enquanto não sai nada de novo por falta de tempo e/ou criatividade, acaba por ser um trabalho surpreendentemente viciante, tanto para quem conhece a banda como para quem não a conhece ou até mesmo para quem nunca ouviu a demo original.
O trabalho soa totalmente a novo e tem uma aura irresistível que acaba por ter apenas um defeito: é curto demais. Uma ausência de seis anos não é facilmente colmatada com quatro faixas regravadas e reinterpretadas de forma brilhante, nem com uma cover dos Enslaved, brutal, com a participação do próprio Ivar Bjørnson tira o sentimento de que isto sabe muito a pouco. Na verdade, tudo isto apenas aumenta essa sensação. Talvez sirva para motivar a banda a voltar de vez com mais um álbum de originais. Se assim for e se o próximo trabalho vier na onda do que se pode ouvir aqui, então, vamos ter um grande álbum!
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
