O death metal holandês, embora nunca tenha marcado pela diferença – ao contrário do sueco ou do norte-americano/Florida – sempre se pautou por um selo de qualidade apreciável, que bandas como Pestilence, Sinister e Gorefest sempre demonstraram ter. Os Dictated embora novatos em relação aos nomes mais clássicos da sua cena, exibe algumas qualidades comuns no que diz respeito ao podredo musical. A intro na forma da “Forced Into Dismay” é a introdução perfeita para a violência sonora que se segue.
Oscilando entre o death metal mais tradicional e o mais bruto (ajudados por uma produção bem poderosa) os resultados são entusiasmantes para qualquer fã do género, bem evidenciado em temas como “No Absolution” e “The Basher”. O feeling old school é viciante e o efeito nostálgico revela-se eficaz até um certo ponto. Lá para meio do álbum o gás começa a faltar. Não que as malhas deixem de ter potência, mas o registo começa-se a revelar repetitivo. Sendo o segundo álbum de originais, potencial é mais que muito e vai mais além do gimmick de ter duas mulheres bonitas a tocar guitarras, uma delas a fundadora da banda – Sonja Schuringa.
Para quem não é muito exigente com o seu death metal, o som aqui é perfeito para entreter durante pouco mais de meia hora, mas para quem exigir mais, talvez se canse um pouco cedo demais deste “The Deceived”. Para já, fica-se na expectativa onde levará a evolução da banda, mas seria surpreendente se um eventual terceiro álbum os levasse para longe dos caminhos por aqui trilhados.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
