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Finch - "Back to Oblivion" Review



O rock moderno sempre pareceu algo pálido comparado com o que se convencionou chamar rock clássico e muito da culpa disso pertence ao movimento grunge que mudou as regras do jogo. Como tudo na vida, existem mudanças que vêm por bem e outras… nem por isso. Essa abertura das portas ao mais alternativo também fez com que o bom e velho rock perdesse terreno perante a música electrónica e a face da música moderna estava mudada irremediavelmente, com imensas novas formas de explorar o género, como o screamo. No entanto, como nada é assim tão simples e nem tudo é mau, existem coisas boas no rock moderno, que até mesmo os apreciadores de rock clássico não conseguirão negar.

Os Finch não são propriamente novatos, as suas origens remontam até ao final do século passado, e embora tenham tido dois hiatos que resultaram em quase seis anos de paragem, a banda sempre teve um dedo para fazer músicas orelhudas, modernaças é certo mas sem dúvida orelhudas. Este álbum marca o regresso ao trabalho, sendo também o terceiro (e que parecia impossível de ver a luz do dia, tendo em consideração toda a turbulência que a banda viveu desde meados da década passada). Surge com algum tempo de atraso, já que a sua sonoridade seria muito bem vinda oito anos atrás.

Não é impedimento para que se encontrem aqui muitos momentos de valor mas no geral, esta quase hora de música soa a algo requentado e que agora não tem um sabor especialmente agradável. Obviamente que será sempre uma questão de perspectiva e haverá muito fã desta sonoridade mas a questão é que não houve propriamente uma razão que ficasse de alguma destas doze músicas, nada além de pequenos apontamentos, refrões, melodias. E é a parte ingrata, porque não há nele que seja mau. “Back To Oblivion” não é uma desgraça musical, apenas não consegue ser convincente e deixar a sua marca. Sendo brutalmente honesto, soa tal como qualquer lançamento da década passada e que hoje em dia ninguém se lembra.


Nota: 6/10

Review por Fernando Ferreira