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Sinners Burn - "Disturbing Creatures" Review


Sinners Burn. Death metal sueco.

Apetece deixar ficar a crítica apenas assim. Para muitas pessoas bastaria isto para procurarem sobre a banda e talvez ficassem surpreendidos ao descobrir que este “Disturbing Creatures” é já o quarto petardo dos suecos. Para todos os outros, não apreciadores do género, também não haveria mais nada que pudesse ser dito e ouvido que os fizesse mudar de ideias. É esta simplicidade no mundo do metal que o torna tão apaixonadamente previsível e ao mesmo tempo cativante por essa previsibilidade. No entanto não será o simples facto de tocarem death metal tipicamente sueco que faz com que este trabalho seja automaticamente uma obra-prima.

Cumpre todos os requisitos necessários para cumpra os seus parâmetros e fá-lo com segurança, revelando a sua experiência na arte de brutalizar sonicamente, apoiando-se quase unicamente numa abordagem uptempo. Não existem grandes brilharetes técnicos, sendo que o maior ponto de destaque é a bateria, impiedosa  na brutalidade mas também não indo muito mais além da competência que se espera numa proposta de death metal bruto, sem grandes concessões melódicas – apesar de um riff ou outro mais catchy como é o caso daquele presente na  “Sweet Stench Of Death”.

Assim sendo, a principal questão aqui a reter é que este trabalho cumpre todos os pontos que é suposto um álbum de death metal ter. Não o faz, todavia, da forma que os permitem tornarem-se salientes perante todas as outras propostas que por aí andam actualmente. As duas últimas faixas dão ideia de terem sido registadas anteriormente, já que têm uma diferença no som, mas também não mudam muito o que ficou para trás – nem mesmo os minutos de silêncio na última faixa que antecedem um momento acústico algo repetitivo (ainda escapa à razão porque é que as bandas insistem nestas coisas de faixas escondidas, quando o que está escondido nem é assim um tesouro tão precioso como isso. Tinha graça nos anos noventa mas hoje em dia… era dispensável).

Para fanáticos do género.


Nota: 6/10

Review por Fernando Ferreira